Mandetta afirma que negligência nos números e eleições pioraram situação: 'Vamos pagar o preço'

Ex-ministro da Saúde, o médico ortopedista participou na tarde desta segunda-feira (30) do projeto A Região em Pauta

Por: Maurício Martins  -  01/12/20  -  12:56
Luiz Henrique Mandetta participou de live do Grupo Tribuna
Luiz Henrique Mandetta participou de live do Grupo Tribuna   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

“Esse vírus não negocia nada com ninguém, é extremamente agressivo. Aglomerou, vai ter aumento de casos, é matemático. A Baixada Santista tem uma coisa em comum com todo o País: as  eleições municipais. Tivemos recorde de participação, o que é bom para a democracia. A democracia agradece, e o vírus pega carona. Agora vamos pagar o preço do aumento de casos”. 


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A fala é do ex-ministro da Saúde, o médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta. Ele participou na tarde desta segunda-feira (30) do projeto A Região em Pauta, transmitido ao vivo pelo Facebook do Grupo Tribuna. O tema foi Saúde e seu financiamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 



Para Mandetta, o Brasil tem três complicadores próximos: o verão, que facilita circulações e aglomerações, as festas de fim de ano e o carnaval. “Até lá não teremos vacinação em massa e veremos regiões fazendo surtos epidêmicos e voltando a patamares elevados”.  


O ex-ministro acha que a todos deveriam estar se preparando, municípios, estados e Governo Federal, para vacinar o maior número possível de pessoas. “Nesse momento, estamos pagando o preço de termos negligenciado os números. Achado que morriam 1.500 por dia e agora só morrem 500 pessoas, então melhorou muito. São dois aviões lotados por dia”. 


Mandetta acredita que a equipe de saúde do estado de São Paulo é experiente e umas das melhores no enfrentamento à pandemia e que, passado o momento político, a questão técnica deve continuar a prevalecer.  


“Estamos a 25 dias do Natal, é o tempo de dois módulos de 14 dias. Praticamente sextuplica (o número de casos) se não tomar nenhuma medida. A atitude que vamos tomar nos próximos 15 dias é o que vai resultar nos outros 15 dias. É comportamento. Do que contrário vocês vão passar a noite de Natal e Ano-Novo procurando leitos e podem não encontrar”.  


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