Governo do Estado tentará ajudar Petrobras e Usiminas durante pandemia de coronavírus

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen da Silva, conversou com exclusividade com A Tribuna

Por: Nathália de Alcantara  -  10/06/20  -  21:01

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen da Silva, se comprometeu a entender a real situação das empresas Petrobras e Usiminas em tempos de pandemia de coronavírus para tentar manter empregos e ajudar de alguma forma. “Essas empresas são muito relevantes na região”, disse ela, com exclusividade para A Tribuna pelo projeto 'A Região em Pauta'.


Patricia conversou com a editora-chefe de A Tribuna, Arminda Augusto, e com o editor de Porto & Mar, Leopoldo Figueiredo.  


Na Petrobras, 937 funcionários em regime especial que atuam em sete plataformas de exploração e produção de petróleo e gás natural ligadas à Unidade de Negócios da Bacia de Santos serão transferidos ao Rio de Janeiro.


Já a Usiminas pretende iniciar uma demissão em massa na unidade da companhia em Cubatão. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos na região, a dispensa deve atingir até 60% dos funcionários, o que representa 960 dos 1600 trabalhadores. A Usiminas não confirma esses números.


Segundo Patricia, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem como principal objetivo  promover ações para a retomada do crescimento econômico do Estado, além de trabalhar para atrair investimentos, incentivar o empreendedorismo, a inovação tecnológica, e oferecer qualificação profissional de acordo com as demandas atuais e futuras do mercado de trabalho.


Otimismo


A secretária vê a Baixada Santista passando por uma transição importante com relação à pandemia da covid-19.


“Houve uma grande melhora na ocupação de leitos. É a terceira região do estado com maior número de leitos por habitantes, com ocupação  perto de 70% e com 22.6 leitos a cada 100 mil habitantes”.


Ela explica ainda que  a região cresce no numero de casos da doença, mas teve estabilização e até redução de internações com relação a semana anterior.


“Temos uma expectativa positiva de oportunidade para a fase laranja e para pensar nas próximas etapas de flexibilização”, diz Patricia.


Dificuldades


Para a secretária, o Turismo é um dos setores dos quais se espera uma retomada mais lenta. Academia e setor de beleza, economia criativa, construção civil, infraestrutura e atividades imobiliárias também.


“Já para o comércio, a retomada será de média a mais elevada . Estamos observando a parte do consumo para ver como será a retomada em cada um desses setores”, explica.


A Baixada Santista teve em maio por exemplo, quase 2 mil empresas abertas. Apesar do fechamento de outras, Patricia diz que o saldo foi positivo.


‘Existe um movimento empreendedor que precisa ser incentivado, formalizado e valorizado, assim como a capacitação das empreendedoras e empreendedores da região”.


Ela diz ainda que tudo é feito com base nos dados e tendo como objetivo a preservação de vidas. 


“É assim que entendemos como estamos. Não é uma corrida ou um jogo de vídeo-game, no qual estamos querendo passar de fase. Estamos reconhecendo o momento em que cada região está para dar o tratamento correto para cada uma delas”


Patricia


Patricia é formada em Administração de Empresas, com mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School e MBA pelo Insead.


Ela também foi presidente da Optum no Brasil, empresa de tecnologia em saúde do grupo United Health. Ex-sócia da consultoria McKinsey & Company, é professora de Liderança e Inovação Digital no Mestrado em Liderança e Gestão do Centro de Liderança Pública.


Foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. É co-fundadora do Movimento Agora e foi nomeada Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial em 2016..


Tudo sobre:
Logo A Tribuna
Newsletter