Da música no drive-in à multidão sem teatro: o novo

Cantar para plateias acomodadas em carros, num grande espaço aberto, virou realidade nestes tempos de “novo normal”

Por: Da Redação  -  02/08/20  -  16:25
Show de Nando Reis em show formato Drive-in
Show de Nando Reis em show formato Drive-in   Foto: ANDERSON LIRA/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Se o artista precisa ser uma usina de ideias para se estabelecer e vender seu peixe, dá para imaginar o que acontece quando a própria sobrevivência da arte entra em jogo diante das adversidades, especialmente as econômicas. As ideias afloram, e vão desde ressuscitar os drive-in, aqueles que eram exclusivos da Sétima Arte, até apresentações teatrais online com o equivalente um Morumbi lotado assistindo de casa.


Cantar para plateias acomodadas em carros, num grande espaço aberto, virou realidade nestes tempos de “novo normal”. Estádios como o Allianz Parque, do Palmeiras, já receberam shows de músicos como Nando Reis. Ali, o soar das buzinas vira aplauso. Mas, mesmo assim, ainda não é algo unânime, especialmente no quesito segurança.


“Quanto é seguro essa coisa que entram quatro pessoas num carro? Está certo isso? Não sei. Eu vou fazer um show nesse formato. Estão ocorrendo shows nesse local, inclusive no formato de stand-up comedy. É um lugar grande, bacana. Fico pensando se é seguro. Mas também tenho minha equipe, que está precisando”, admite Supla.


Gustavo Anitelli complementa, destacando a ansiedade do público como “aliada” para o sucesso de empreitadas do tipo. “Tenho ouvido muita gente dizendo que “precisa sair”. Gente que está isolada em casa com três, quatro pessoas. Para ela, é seguro ir num carro. E é tanto desespero pra sair de casa que faria as pessoas toparem ir a um esquema de drive-in”.


Multidão à distância


O ator Marcelo Serrado também vivenciou uma experiência sui generis nestes dias nada comuns: uma apresentação com três câmeras, fez uma transmissão ao vivo com público e milhares de pessoas online. Um público nunca visto na carreira numa única sessão.


“É uma coisa diferente. Agora, tenho feito no Zoom umas lives para 200, 400 pessoas em casa. Pessoas de Teresina, do Maranhão, podendo ver um espetáculo no Rio de Janeiro, dentro do teatro. É uma nova vida”, resume.


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