Cadastro de artistas permitirá maior organização em Santos

As inscrições terminaram na sexta-feira (31) e, por isso, os números ainda não estão fechados. Mas a atitude já é vista como bem sucedida

Por: Da Redação  -  02/08/20  -  16:30
Carnaval ainda não tem realização definida: na espera pela vacina
Carnaval ainda não tem realização definida: na espera pela vacina   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

O momento complicado vivido pelos artistas de Santos trouxe à tona mais uma questão: a necessidade de maior organização do setor. 


Veio a oportunidade da criação do Cadastro Municipal de Cultura, para mapear o setor em Santos. As inscrições terminaram na sexta-feira (31) e, por isso, os números ainda não estão fechados. Mas a atitude já é vista como bem sucedida.


“Ele acabou ganhando a agenda nacional porque é fundamental por dois motivos: a arte se mostrou fundamental na pandemia, para ‘alimentar’ todo mundo que está em casa, mas também mostrou uma categoria desorganizada. Porque nunca tivemos um mapeamento cultural do Brasil de forma correta. É um momento também de organização”, demonstra Rafael Leal.


Ele também celebra a Lei Aldir Blanc, que garante uma ajuda econômica aos profissionais de Cultura e que prosperou devido à grande mobilização do setor em todas as esferas. 


“Vimos uma oportunidade única, aqui em Santos, de fazer o mapeamento e saber, após a conclusão dos números, de tudo ser homologado, vamos saber o DNA cultural da nossa cidade. Que vai servir para Lei Aldir Blanc, mas também vai servir para o processo de reabertura”. 


Sem pressa


O titular da Secult-Santos aposta no incremento que as atividades artísticas, nas diversas manifestações culturais, deve ganhar tão logo seja possível sair da pandemia. Obras como um palco flutuante na Lagoa da Saudade, no Morro Nova Cintra, e um palco no projeto do novo Emissário Submarino são exemplos disso. “A Cidade vai ocupar estes novos espaços, o que é fundamental. E a Cultura vai ter esse papel na reabertura”.


Rafael Leal, porém, demonstra menos urgência no sentido de definir o futuro de grandes eventos, como Réveillon e Carnaval. 


Ele teme repetir São Paulo e Rio de Janeiro, que já anunciaram cancelamentos – caso do Réveillon nas duas capitais – e podem vir a se arrepender. Ele prefere esperar um pouco para qualquer anúncio. 


"Sobre o Carnaval, temos contato permanente com a Liga. Toda semana tem uma reunião. Temos monitorado o que vem acontecendo no Brasil e no mundo. Quando estiver tudo certo, a gente vai divulgar. Uma coisa é clara, óbvia: se não tiver vacina para todo mundo, é claro quer não dá para ter Carnaval. Mas a gente não precisa dar essa notícia agora”. 


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