Aviões e aeroportos estão prontos para retomar turismo no Brasil

Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas garante que aeronaves são muito seguras para evitar contaminação

Por: Da Redação  -  29/06/20  -  23:25
Atualizado em 29/06/20 - 23:30
A Região em Pauta teve Turismo como tema
A Região em Pauta teve Turismo como tema   Foto: Reprodução

Um conjunto de rígidos protocolos sanitários foi implantado em aeroportos e dentro dos aviões brasileiros para que as pessoas possam viajar com segurança. As normas foram debatidas durante cinco semanas por grupos de médicos e técnicos de saúde do Brasil e do Exterior e ratificadas pelas agências nacionais de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Aviação Civil (Anac).  


A informação é do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, e foi dada durante o evento A Região em Pauta, promovido pelo jornal A Tribuna na tarde desta segunda-feira (29) e transmitido ao vivo pelo Facebook do Grupo Tribuna. O tema central do debate foi Turismo.  


A discussão contou também com as participações do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP), Ricardo Roman Júnior, do presidente do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), Toni Sando, e da editora de Turismo de A Tribuna, Carla Zomignani. A mediação foi da editora-chefe de A Tribuna, Arminda Augusto.  


Segundo Sanovicz, a orientação é que só fiquem nos aeroportos pessoas que vão viajar, evitando familiares e amigos para despedidas, e sempre com máscaras. Nos locais estão sendo feitas medições de temperatura dos passageiros, distanciamento em filas e tapetes com produtos para higienizar calçados.  


“Deixar fileira vazia dentro do avião não faz o menor sentido. A segurança a bordo é o filtro Hepa (purifica o ar e retém partículas). Ele filtra o ar a bordo a cada três minutos. É mais forte do que em uma sala cirúrgica. O serviço de bordo está suspenso em trajetos curtos e a higienização das aeronaves é radical”, explica o presidente da Abear.  


Crise e retomada 


Sanovicz ressalta que a aviação foi um dos setores mais impactados pela pandemia no mundo. No Brasil, o serviço caiu 93%. Eram aproximadamente 2,7 mil voos diários, número que caiu para 180 após a disseminação do coronavírus. Com a retomada lenta, ele espera que julho feche com 670 voos por dia. Até o final do ano, prevê de 50 a 60% da capacidade de operação.  


Sobre a experiência de outros países, de criar um corredor de voos entre destinados onde a epidemia está mais controlada, ele considera inviável no Brasil. “Não tem a menor aplicabilidade. Vivemos um processo muito ruim de gestão e controle (da pandemia). Temos dezenas de brasis, não tem um polo centralizador que comanda uma política de combate à crise”.  


Hotéis e eventos 


Ricardo Roman Júnior, que é de Guarujá, critica os prefeitos da região por impedir que os hotéis funcionem e sugere a reabertura imediata, porque acredita na segurança oferecida nos estabelecimentos. “Temos 35 mil leitos na região, a hotelaria tem 30 mil empregos diretos e de 100 a 150 mil indiretos. O governador não fechou os hotéis, existe um protocolo de segurança”.  


Para o presidente da ABIH-SP, não adianta fechar hotéis e locais turísticos, como a praia, se a fiscalização não é a mesma em todos os bairros das cidades. “Precisamos resolver com urgência, o setor não está mais aguentando. A economia respeita a ciência, mas a gente vai colapsar”.  


Para Toni Sando, tudo vai passar, mas a questão é em quanto tempo e quantas empresas conseguirão sobreviver. “Por isso é cada vez mais a importante a participação dos empresários e das entidades, levando pleitos aos governos. O turismo é abrangente, cada qual com suas características, hotéis, aéreas etc. Mas é preciso fazer o Governo entender o quanto o setor é importante na economia”, detalha o presidente SPCVB).  


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