A Região em Pauta: gerente da Petrobras diz que setor de petróleo e gás pede projetos eficientes

Como a área é dinâmica e pede respostas rápidas e precisas de diversos outros setores, Baixada Santista precisa se preparar para essa realidade

Por: Nathália de Alcantara  -  01/09/20  -  09:29
A questão do petroleo e gás foi abordada no A Região em Pauta
A questão do petroleo e gás foi abordada no A Região em Pauta   Foto: Matheus Tagé/AT

A Petrobras não vai sair de Santos, mas, segundo o gerente geral da empresa, João Ricardo Lafraia, é preciso ser eficiente na apresentação de projetos e não perder o timming do negócio, já que a questão do petroleo e gás é bastante dinâmica e pede respostas rápidas e precisas de diversos outros setores. O assunto foi discutido nesta segunda-feira (31), em mais uma edição do fórum A Região em Pauta.


A iniciativa de A Tribuna abordou um dos pilares econômicos da Baixada Santista nos últimos anos: os negócios de petróleo e gás. Dá para assistir o bate-papo completo, sem sair de casa, por meio do Facebook do Grupo Tribuna.


Para João Ricardo, a região precisa ter respostas eficientes, ou seja, prontos projetos que sejam viáveis e funcionem, além do custo baixo.


“Quanto mais organizados forem os projetos e mais visíveis forem os ganhos, maiores são as chances de se concretizarem. Se for viável uma parceria em Santos, será em parceria com diversas empresas”.


O erente geral da Petrobras diz que é preciso ter uma visão mais que local, mais setorial, para proveitar todo esse potencial disponível na Baixada Santista.


“Santos tem diversas universidades, foco em cursos na ára e em muito potencial. O setor é muito competitivo e o profissional precisa estar preparado para projetos robustos. Eu diria para os estudantes da área que não desistam, porque há muito o que fazer na região e fora dela”.


Para ele, o gás é substituto natural de petroleo e carvão a medida que esse mercado tende a crescer no mundo inteiro.


“No nosso caso, o gás está vindo do pré-sal e com quantidade bastante promissora”.
Segundo o diretor do Instituto Geo Brasilis, José Roberto Santos, lentamente a região passou a apresentar alternativas e propostas com viabilidade e que não dependessem só do investimento da Petrobras.


“Temos de nos preparar para as oportunidades que aparecem e não esperar apenas a Petrobras investir. Outros caminhos podem ser abertos”.


O presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Mauro Sammarco, acredita que o governo, principalmente as prefeituras, devem apoiar os projetos que sejam “reais e factíveis”.


“Devemos colocar no papel possíveis planos que tenham potencial. E é preciso incentivo para que novos projetos sejam colocados em prática”.


Pré-sal


Sobre a frutração da onda de ânimo e esperança com a fase de exploração do pré-sal e envolvendo a bacia de Santos há mais de 10 anos, que causou um boom principalmente no setor da construção civil e numa corrida por cursos de petroleo e gás, o gerente geral da Petrobras, João Ricardo Lafraia é bastante prático.


"As oportunidades aparecem e devem ser aproveitadas imediatamente. Deve ser aproveitado o timming. Na época, apareceram algumas chances e não havia até quem fizesse determinados serviços”.


Ele defende que se tenham bons projetos e que sejam discutidos com as autoridades locais.


“Há um espaço para todos, mas são necessários estudos viáveis. Quanto mais organizados forem os projetos e visíveis forem os ganhos, maiores as chances de se concretizarem”, explica João Ricardo, que defende que essa indústria muda muito rápido e as crises alteram as características das empresas, como as crises econômica de 2015 e a da pandemia de coronavírus atualmente.


O diretor do Instituto Geo Brasilis, José Roberto Santos, lembra que a região passou por um importante aprendizado durante e depois dessa fase.


“Nós vivemos um período de grande euforia e sentimos o impacto da crise, principalmente a Baixada Santista por conta da Usiminas e das operações do Porto de Santos. Lentamente, passamos a perceber que é necesário apresentar alternativas e propostas com viabilidade e que não dependam só do investimento da Petrobras”.


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