Torcedores protestam na Vila Belmiro à espera de votação que pode afastar Peres no Santos
Conselho Deliberativo discute na noite desta segunda-feira parecer que defende saída do presidente
Integrantes de duas torcidas organizadas do Santos - Torcida Jovem e Sangue Jovem - fazem na noite desta segunda-feira (28) uma manifestação em frente à Vila Belmiro. Com faixas, sinalizadores e fogos, eles aguardam a discussão, por parte do Conselho Deliberativo do clube, de um parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) do Peixe que pede o afastamento imediato do presidente José Carlos Peres e dos sete integrantes do Comitê de Gestão.
Os cartolas estão no olho do furacão por conta da reprovação das contas de 2019. Peres disse, em mais de uma oportunidade, que o processo que pode resultar em seu afastamento é político. Os torcedores que estão na porta da Vila pedem a saída do presidente santista, no cargo desde o início de 2018.
A reunião do Conselho Deliberativo ocorre por videoconferência, devido à pandemia da covid-19, mas o presidente do órgão, Marcelo Teixeira, está na sede do clube para comandar os trabalhos. Ele, inclusive, chegou a descer até a Rua Princesa Isabel, onde os torcedores seguem concentrados, para explicar a eles os trâmites da reunião dessa noite.
Entre as faixas, destaque para uma em que as organizadas pedem que "MT (Marcelo Teixeira) e Conselho cumpram seu papel e salvem o Santos" e outras com a expressão "fora Peres".
Entenda a polêmica
Além de Peres, podem ser afastados nesta noite os seguintes membros do Comitê de Gestão do Santos: Anílton Perão, Estevam Juhas, Fábio Gaia, José Bruno Carbone, Matheus Rodrigues, Paulo Schiff e Pedro Dória.
Uma ala do clube entende que, caso dois terços do plenário do Conselho sigam a recomendação da CIS, o vice-presidente Orlando Rollo, ausente do cargo durante todo o ano de 2019, assumiria o comando do Santos até que a realização de uma assembleia geral para os sócios votarem a favor ou contra o impeachment de Peres.
Mas um outro grupo de santistas não concorda com essa tese e o assunto pode terminar na Justiça. Para eles, Peres e os membros do Comitê de Gestão teriam direito de apresentar nova defesa. A CIS, por sua vez, enxerga de maneira diferente e diz que isso já ocorreu.
