Santos nega assédio moral e acusado de racismo deixa o clube

A direção do Peixe diz que já apurou as denúncias e que colaborador 'se desligou' para não prejudicar a apuração interna

Por: Do Estadão Conteúdo  -  24/12/20  -  10:56
Santos diz que não houve assédio moral e que acusado de racismo deixou o clube
Santos diz que não houve assédio moral e que acusado de racismo deixou o clube   Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, a direção do Santos diz que já apurou as denúncias de assédio moral e racismo no clube. O clube paulista informou que não constatou "indício" de assédio moral e que o acusado de racismo "se desligou" do clube para não prejudicar a apuração interna.


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De acordo com o site ESPN.com.br, dois funcionários fizeram denúncias ao presidente Orlando Rollo nos últimos dias. Uma delas partiu de uma mulher negra, do departamento de recursos humanos. Ela diz ter sido humilhada por Luiz Eduardo Silveira, superintendente administrativo e financeiro da gestão atual.


A outra denúncia foi feita por um advogado do clube, contra Roberto Rabelato, gerente de controladoria do clube. O homem, que é negro, afirmou que o gerente abriu uma sala em que ele estava e disse: "Aqui é a senzala". Ambos os denunciantes pediram para não terem seus nomes revelados na reportagem.


De acordo com comunicado do clube, "foram ouvidos todos os funcionários e não foi constatado qualquer indício nesse sentido". Segundo o Santos, a funcionária "foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada".


No caso da denúncia sobre suposto ato racista, o Santos disse que a vítima, Cléber Pinto, cujo nome não havia sido divulgado pela reportagem da ESPN, afirmou ter recebido "todo o apoio da direção do clube e no vídeo aqui postado afirmou ter aceitado o pedido de desculpas e explicações do colaborador acusado, dando o caso por encerrado".


O clube afirmou ainda que o presidente Orlando Rollo, ao ser informado sobre a denúncia, cogitou pedir a prisão em flagrante, porém "foi obstado pelo próprio advogado 'vítima', o qual foi enfático em não desejar dar qualquer tipo de prosseguimento no caso".


"O Santos Futebol Clube informa que o colaborador acusado se desligou do clube para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência na apuração dos fatos", finalizou o clube, no comunicado.


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