Santos já usou quase todo o dinheiro arrecadado com a venda de Rodrygo

Segundo projeção de uma comissão do Conselho Deliberativo, restam apenas R$ 10 milhões de um total de quase R$ 175 milhões da venda do atacante ao Real Madrid

Por: Régis Querino & De A Tribuna On-line &  -  28/08/19  -  04:59
Rodrygo foi vendido ao Real Madrid por um preço recorde no futebol brasileiro
Rodrygo foi vendido ao Real Madrid por um preço recorde no futebol brasileiro   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Em reunião extraordinária realizada na noite desta terça-feira (27), na Vila Belmiro, sem a presença do presidente José Carlos Peres, uma comissão temporária do Conselho Deliberativo apresentou relatório sobre o uso do dinheiro recebido pelo Santos na venda do atacante Rodrygo ao Real Madrid. A comissão foi criada em agosto de 2018 para acompanhar a forma como o clube usaria os 40 milhões de euros da transação e, segundo projeção, só restariam R$ 10 milhões de um total de quase R$ 175 milhões.


Em julho de 2018, o Santos recebeu a primeira parcela de 20 milhões de euros, que totalizou R$ 89.361.876,90. O clube recebeu o valor em pagamentos escalonados pelo Banco Central, de julho a outubro de 2018.


De acordo com o relatório, mais de R$ 45 milhões foram gastos com o pagamento de cinco meses de salários, incluindo impostos, do elenco e dos funcionários do clube, referentes ao período de junho a outubro de 2018. 


A segunda parcela do acordo feito com a Doyen Sports, na gestão do ex-presidente Modesto Roma Júnior, que inclui a negociação de compra do atacante Leandro Damião e outras pendências, consumiu R$ 11.134.750,00.


Entre os maiores gastos constam o pagamento da segunda parcela da compra do atacante Bruno Henrique, junto ao Wolfsburg, da Alemanha, concretizada em janeiro de 2017, também na gestão de Modesto Roma Júnior, no valor de R$ 7.155.000,00.


A aquisição de jogadores como o volante uruguaio Carlos Sánchez (R$ 2,3 milhões), o atacante Felippe Cardoso (R$ 2,2 milhões) e o zagueiro equatoriano Jackson Porozo, por quase R$ 1 milhão, também estão entre os gastos. 


O conselheiro Ivam Jardim Ariante, da comissão temporária, fez uma explanação sobre o uso do dinheiro referente à segunda parcela paga pelo Real Madrid, no mês passado. Os 20 milhões de euros geraram quase R$ 84,5 milhões, dos quais R$ 13,6 milhões foram bloqueados pela Justiça em razão de uma ação da Bonassa Bucker Advogados, que cobra o clube pela intermediação no acordo com a Doyen Sports, contestado pela atual gestão.


Como a comissão ainda não recebeu do clube os documentos contábeis dos pagamentos realizados com a segunda parcela da venda de Rodrygo, a projeção é de que só restariam ao Santos pouco mais de R$ 10 milhões.


O planejamento estratégico apresentado pelo gerente administrativo e operacional, Fernando Volpato, foi rejeitado pela maioria do plenário, que considerou as informações do plano insuficientes.


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