Dono de um dos menores salários do elenco profissional do Santos - R$ 32 mil -, o volante Diego Pituca ainda não chegou a um acordo com a diretoria do Peixe para a reformulação do contrato.
O atual vínculo do meio-campista tem validade até maio de 2021, mas o estafe do atleta entende que, por conta da temporada realizada em 2018, quando foi um dos pilares do time, Pituca merece uma valorização financeira.
As conversas para que o jogador recebesse um aumento em seus vencimentos ocorreram nos primeiros dias deste mês. Na ocasião, em uma reunião realizada no CT Rei Pelé, no último dia 2, durante a reapresentação do elenco, as partes entraram em um acordo verbal e combinaram de firmar o novo contrato na semana seguinte.
Isso, no entanto, não se concretizou. E, de acordo com pessoas próximas ao volante, o presidente do Santos, José Carlos Peres, nunca mais procurou os agentes de Pituca.
Mesmo sem a valorização salarial, Pituca mantém a regularidade da temporada passada e parece ter caído nas graças do técnico Jorge Sampaoli. Nos dois primeiros jogos do argentino à frente do Peixe - empate por 1 a 1 no amistoso contra o Corinthians e a vitória por 1 a 0 sobre a Ferroviária na estreia do Campeonato Paulista -, o volante foi titular.
Novela sem fim
As negociações para que o volante receba o aumento se arrastam desde o segundo semestre do ano passado. Incomodado com a postura de Peres, o empresário de Pituca, Adalberto Almeida, por mais de uma vez manifestou interesse em levar o atleta para outros clubes.
O mandatário alvinegro, por sua vez, em diferentes oportunidades, rebateu dizendo que ofereceu tudo o que podia ao representante do volante, que não aceitou nenhuma das ofertas.
Um outro ponto em que empresário e presidente divergem é em relação a multa rescisória. Enquanto Adalberto afirma que Pituca pode deixar o Santos por R$ 8 milhões para clubes brasileiros, Peres diz que a rescisão contratual nesse caso é de R$ 50 milhões.