Enquanto o Santos atropelava o Flamengo no campo, neste domingo (8), pela última rodada do Campeonato Brasileiro, a torcida alvinegra pedia, a plenos pulmões, a permanência do técnico Jorge Sampaoli no clube. O "fico", no entanto, é uma novela que ainda não teve fim, e que, segundo o treinador, será definida nesta segunda-feira (9).
"Agora, sim, vou começar a pensar no meu futuro. Até ontem, não pude pensar nada. Tenho uma reunião com o presidente amanhã. (...) Foi um ano muito atrativo. Sou um profissional que sei até onde posso chegar com o que eu tenho. Tem processos de alegrias e de dores. Foi um dos lugares mais felizes que estive na minha carreira", disse Sampaoli durante coletiva de imprensa, em tom de despedida.
Ao longo da temporada, o técnico deu declarações que indicaram que sua relação com o mandatário do Peixe, José Carlos Peres, foi se desgastando e hoje não é das melhores. Juntando ao fato de que o Racing e o Palmeiras sondam a situação de Sampaoli e desejam contar com argentino como treinador no ano que vem, sua continuidade no comando técnico do Santos está em xeque.
Perguntando sobre o interesse do Verdão e se assumiria um rival da equipe da Vila Belmiro, Sampaoli afirmou que não analisou nenhuma possibilidade. "Amanhã, o Santos determinará o projeto que teremos", falou, negando, ainda, que seja ídolo no Peixe. "Os ídolos estão pintados no muro [do centro de treinamento]. Não tenho capacidade de estar pintado lá".
Para tomar uma decisão, Sampaoli levará em conta seu lado profissional, e não emocional, segundo ele. "Tenho que ser honesto para saber se posso dar conta do que vem pela frente. Vamos esperar amanhã", finalizou.