Saída de Evandro expõe carência de armadores no Santos

A decisão do Santos, anunciada na última quarta-feira (9), de não renovar o contrato do meio-campo Evandro, que vence no próximo dia 30, deixará a equipe de Jesualdo Ferreira ainda mais carente de opções criativas. A partir de julho, como jogador de ofício para essa faixa do campo, o português só terá Jean Mota e o jovem Anderson Ceará, alçado aos profissionais antes do início da pandemia do novo coronavírus. 

A situação gera preocupação para os torcedores que gostam de ver um atleta com a missão de criar as jogadas no meio-campo, pois o Santos está proibido pela Fifa de registrar novos jogadores, devido a uma dívida com o Hamburgo, da Alemanha, pela aquisição do zagueiro Cleber Reis, em 2017. 

É verdade que, sob o comando de Jesualdo, Evandro não vinha sendo titular. Desde que chegou à Vila Belmiro, o treinador definiu Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez como os seus homens de confiança no meio-campo. Além deles, Jobson recebeu algumas oportunidades. 

Entretanto, nenhum dos quatro tem como principal característica a construção de jogadas. Apesar de colaborarem com o sistema ofensivo, Diego Pituca, Carlos Sánchez e Jobson, quando entra, não podem ser considerados meias de armação.

Jean Mota e Anderson Ceará

Desta forma, quando precisar de mais criatividade no meio-campo, Jesualdo terá que recorrer a Jean Mota e, aos poucos, para não sobrecarregá-lo, Anderson Ceará, de 21 anos.

Eleito craque e artilheiro do Campeonato Paulista de 2019, Jean Mota recebeu poucas oportunidades em 2020. O meia atuou em apenas quatro jogos do Santos, mas sempre entrando no decorrer das partidas. 

Anderson Ceará, por sua vez, ainda não foi escalado pelo português, mas já mostrou ao treinador que pode ser uma boa alternativa. Após um curto período de treinamentos com o elenco profissional, o jovem foi relacionado para alguns compromissos do Paulistão antes da paralisação por conta da pandemia e, com a saída de Evandro, deve receber oportunidades.