Rollo diz que agiu conforme a lei e garante que crise política não chega ao futebol do Santos

Vice-presidente do Peixe diz que é apenas mais uma vítima do temperamento difícil do presidente José Carlos Peres

Por: Bruno Lima  -  11/11/19  -  20:39
  Foto: Bruno Lima/A Tribuna

Vice-presidente do Santos, Orlando Rollo concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (11), na Vila Belmiro, para explicar as atitudes que tomou ao assumir a presidência provisória do clube nesta manhã, no lugar de José Carlos Peres. Segundo ele, o conflito não irá respingar no futebol da equipe profissional.


"Esse tipo de problema político acontece em quase todos os clubes do futebol brasileiro. Quero tranquilizar todos os santistas: o futebol está blindado. Entramos em contato com a direção de futebol e passamos para eles que esse problema é somente na parte administrativa do clube. Passei tranquilidade para o departamento de futebol para que o Sampaoli continue o belíssimo trabalho que faz. Sou fã dele e quero que continue", disse Orlando Rollo.


Questionado, o vice-presidente disse que não conversou com o superintendente de futebol do Santos, Paulo Autuori, mas sim com pessoas ligadas ao Departamento de Futebol Profissional do Clube. 


Ainda de acordo com Rollo, a decisão de assumir a presidência do Santos foi tomada no período da manhã ao chegar à Vila Belmiro e deparar com uma portaria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que afastava Peres do cargo por 15 dias. 


"Pela manhã, retornei na situação de vice-presidente, cumprindo uma determinação do Conselho Deliberativo. Após tomar conhecimento da decisão do STJD, para que o Santos não ficasse sem presidente por 15 dias, tomei a decisão radical de assumir a presidência por 15 dias. Fui obrigado a voltar bem no período de vacância imposto pelo STJD. Não posso me omitir. Oficiamos as entidades do futebol brasileiro que eu estaria assumindo nesse período", disse Rollo, que também explicou as destituições dos quatro membros do Comitê de Gestão que fez e negou que tenha feito qualquer demissão de funcionário. 


"A gente assumiu e está evitando medidas extremas, pelo bom clima que tem que pairar no clube. O clima está ruim por causa do próprio presidente. Sim, trocamos não todos os membros do Comitê de Gestão, apenas alguns que não são da minha confiança. Não posso administrar o clube com pessoas com quem tenho problemas judiciais. Nomeei outras pessoas, e o Peres, quando voltar, nomeia de novo, sem problema nenhum". 


"Sou apenas mais uma vítima"


O vice-presidente disse não ter receio de que esse conflito entre ele e Peres faça com que Autuori ou até mesmo Jorge Sampaoli, que já demonstram insatisfações com a gestão do clube, decidam deixar o Santos. 


"O grande problema é que o presidente afastado consegue ser unanimidade. Ninguém se dá bem com ele. Todo mundo que aporta no Santos se indispõe com ele. Eu me dou bem com todo mundo. Todo mundo briga com o Peres, e o Peres briga com todo mundo. Sou apenas mais uma vítima do Peres", finalizou Orlando Rollo.


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