Rollo defende venda de Soteldo ao Huachipato e diz que Santos faz 'estelionato' com o jogador

A situação que envolve o futuro do atacante Soteldo será definida na noite desta quarta-feira (21), em reunião virtual do Conselho Deliberativo do Santos. O jogador tem proposta do Al Hilal, da Arábia Saudita, e do Huachipato, do Chile. Antes do encontro com os conselheiros, que irão votar se aprovam ou não a negociação, o presidente em exercício do Peixe, Orlando Rollo, afirmou, em entrevista coletiva nesta tarde, que a oferta precisa ser aceita, pois traz uma "série de vantagens" e por considerar que aquilo que o clube faz com o venezuelano é "estelionato". 

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A proposta do Al Hilal é de US$ 7 milhões (R$ 39 milhões) por 100% dos direitos econômicos do atacante, enquanto a do Huachipato é de US$ 3,5 milhões (R$ 19,6 milhões) por 50%. 

"Essa proposta do Huachipato traz inúmeras vantagens. Se conseguirmos aprovar a venda no Conselho Deliberativo e o atleta aceitar, conseguimos manter o Soteldo no Santos. Se aceitarmos essa proposta, resolvemos uma dívida antiga sem tirar um centavo do bolso. O Santos nunca pagou um real sequer pelo Soteldo. Se aceitarmos essa proposta, o Huachipato cancela o transfer ban (banimento de contratações na Fifa) e ainda tiramos da frente o risco de termos uma condenação de US$ 7,2 milhões, relativos ao segundo processo, caso o Santos não pagasse o Huachipato pela proposta recusada do Atlético-MG. O principal: a gente mantém o jogador no clube até o prazo em que o Huachipato negocie o atleta. A gente devolve os 50% dos direitos econômicos, eles ficam com 100% do atleta e eles mantêm o atleta no clube até venderem para um outro clube", explicou Rollo. 

Ainda segundo o presidente em exercício, caso a proposta dos chilenos seja aceita no lugar da oferta do Al Hilal, o Santos ficará com 10% dos valores de uma futura venda de Soteldo feita acima de US$ 8 milhões. 

"Além disso, corríamos o risco de sermos bloqueados se recebermos os valores oferecidos pelo Al Hilal, corríamos o risco de um novo processo do Huachipato. É uma operação de risco, sim, então eu, no meu entendimento, prefiro tirar o Huachipato da frente, para que fique somente a questão do Atlético Nacional para ser resolvida, que encaro ter uma facilidade maior. Por isso, sou favorável a essa questão. O Santos vai perder o controle do atleta, mas o que o Santos está fazendo com o atleta é um estelionato. Como você traz um atleta do Chile, que está aqui há dois anos, sem pagar um real para o clube? Isso não existe. O Santos nunca pagou por isso (50% do Soteldo). Vamos ser coerentes. Se essa negociação der certo, vai cair do céu, porque ainda vamos manter o jogador aqui", completou o dirigente.