Porozo, zagueiro do Santos: 'Quando trabalhamos sério, as coisas acabam acontecendo'

O defensor, de 18 anos, foi promovido ao time principal do Peixe após vencer o Sul-Americano sub-20 com o Equador

Por: Bruno Lima & Da Redação &  -  18/03/19  -  12:30
Atualizado em 18/03/19 - 12:52
  Foto: Irandy Ribas/AT

O ano de 2019 tem sido especial para o zagueiro Jackson Porozo, de 18 anos, do Santos. Nesses três primeiros meses, o atleta foi campeão sul-americano sub-20 com o Equador, no Chile, entre janeiro e fevereiro; promovido ao time profissional do Peixe logo após voltar da competição; e, no início desta semana, convocado para a seleção principal do país. O desempenho nesse curto período já começa a chamar a atenção dos clubes europeus. Entretanto, em entrevista exclusiva para A Tribuna, Porozo fala sobre os primeiros dias de trabalho com Jorge Sampaoli, a ansiedade para estrear pelo time profissional do Santos e o desejo de estar no Mundial Sub-20, na Polônia. 


Como você se define? Quais são as suas principais características?


J: Sou bom no jogo aéreo, tenho bom desempenho no um contra um e o meu passe também é bom.


Quais são os jogadores de defesa em que mais se espelha?


J: O principal é o espanhol Puyol. Foi sempre nele em que me espelhei. Gosto muito também do Robert Arboleda (do São Paulo), que é equatoriano. Dos brasileiros, gosto muito do David Luiz, do Chelsea. 


Como foi encarar o Rodrygo no Sul-Americano? É difícil marcá-lo?


J: Na verdade, acabei fazendo o meu trabalho bem e creio que as coisas saíram bem naquele jogo (empate em 0 a 0). Não tive tantas dificuldades. O time também ajudou bastante (a defesa). O Brasil não teve muitas possibilidades, porque estivemos sempre pressionando a defesa deles.


A convocação para a seleção principal do Equador te surpreendeu ou isso já vinha sendo falado desde o fim do Sul-Americano?


J: Foi surpresa. Eu acredito que quando nós trabalhamos sério as coisas, pouco a pouco, acabam acontecendo. Eu trabalhei, mas, na verdade, não esperava essa convocação agora. Havia publicações em jornais e nas redes sociais sobre a convocação, mas eu tinha que esperar. Os torcedores, principalmente, já vinham pedindo (a convocação) por causa do Sul-Americano.


O Santos é famoso pelo DNA ofensivo, e o trabalho do Sampaoli resgatou essa característica. Você é um defensor que sabe sair jogando como tanto gosta o treinador?


J: A verdade é que essa é uma das minhas características sim, mas sei que tenho que seguir aprendendo mais.


Está ansioso para a estreia no profissional do Santos?


J: Desde o primeiro dia em que cheguei aqui no Santos tenho isso na cabeça. Se estou aqui, quero atuar no time profissional. Estou bem ansioso, sim.


O Santos tem muitos zagueiros de qualidade no elenco (Felipe Aguilar, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe). Porém, atualmente você é o único de seleção. O que fazer para conquistar o seu lugar no time?


J: Venho fazendo o meu trabalho da melhor maneira. Acredito que no momento adequado aparecerá uma oportunidade de estar entre os titulares. Por isso, vou seguir trabalhando até o professor me dar uma chance.


Como têm sido as conversas com Jorge Sampaoli? O que ele tem falado? Já comentou sobre quando pretende escalar você?


J: No dia em que cheguei, ele me apresentou aos companheiros, mas nada além disso. Não falou sobre quando irá me utilizar ou algo parecido. Conversamos apenas durante as atividades e sobre ações de jogo.


O Sul-Americano no Chile foi a primeira conquista do futebol equatoriano. Como foi a festa no país?


J: Foi muito lindo quando nós chegamos, porque foi a primeira vez na história em que o Equador foi campeão. E isso estará sempre na memória do povo equatoriano. Fomos recebidos por Bombeiros, com água, o presidente da república - Lenín Moreno - foi nos felicitar e todos estavam muito felizes. 


Vocês acreditavam no título ou buscavam, inicialmente, apenas a classificação para o Mundial?


J: Creio que toda equipe trabalha para ser campeã. O nosso primeiro objetivo era se classificar ao Mundial. E uma vez que nos classificamos, fomos percebendo que tínhamos muitas chances de conquistar o título. E conseguimos assim fazer.


O Equador vai ao Mundial – que será disputado na Polônia entre 23 de maio e 15 de junho - para conquistar o título ou esse é um sonho mais distante?


J: Chegaremos ao Mundial como os campeões sulamericanos. Então, não vamos até lá apenas para competir. Vamos lá para dar tudo de nós, assim como já demos, e tentar ser campeões mundiais.


Você foi um dos destaques do Sul-Americano sub-20 e foi convocado para seleção principal do Equador às vésperas da Copa América, que será disputada no Brasil, entre 14 de junho e 7 de julho. As finais do Mundial coincidem com o início da Copa América. Se você tiver que escolher, em qual das duas competições prefere estar?


J: Eu quero estar no MundialSub-20.


Como você costuma passar os seus dias no Brasil? Tem familiares por aqui? Mora no CT?


J: Moro aqui no clube. Às vezes vou até a praia com os meus companheiros, mas gosto de descansar bastante, de ficarno alojamento, jogando vídeogame. Gosto de ir à praia beber água de coco e passear. 


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