Peres lamenta ausência de Rodrygo e detona a CBF: 'Ditadora'

O pai do jogador, Eric Goes, também falou sobre a não desconvocação do seu filho da seleção olímpica do Brasil

Por: Bruno Lima  -  12/06/19  -  19:07
  Foto: Alex Ferraz/A Tribuna

O fato de não ter conseguido a liberação do atacante Rodrygo da seleção olímpica do Brasil ainda é lamentado pelo presidente do Santos, José Carlos Peres. Durante a entrevista coletiva de despedida do jovem, o mandatário alvinegro afirmou que a CBF é uma entidade ditadora.

“É um dia feliz e triste. É meio contraditório, mas é verdade. É a despedida do Rodrygo. Se a CBF não fosse ditadora em algo que não poderia ser, pois clubes fazem a CBF, seria apenas um dia feliz. O grande líder, a CBF, tem que entender os problemas dos clubes e ajudar. O Santos sofreu uma eliminação na Copa do Brasil, temos que valorizar o Atlético-MG, sem fugir da responsabilidade. Mas, convenhamos, ficamos sem três jogadores (Cueva e Derlis convocados para a Copa América). Um deles o Rodrygo, o melhor atleta do time, e isso foi vital para entrarmos um pouco mais fracos ou menos fortes em uma decisão. A CBF nos deu um prejuízo técnico e financeiro. É difícil engolir o que fizeram com o clube”, esbravejou Peres.

Presente também na coletiva, o pai de Rodrygo, Eric Goes também tentou explicar o imbróglio em que o seu filho foi o personagem principal. No último jogo do atacante pelo Santos, no empate sem gols com o Internacional, o camisa 11 do Peixe saiu de campo dizendo que o pai havia lhe avisado que estava liberado da seleção olímpica. Isso, no entanto, não se confirmou.

“Recebemos mensagens, o presidente disse que era o momento de permanecer. Em janeiro, o Rodrygo pediu para ir ao Sul-Americano e o Santos ficou quase três meses sem ele. Era titular, faltava pouco tempo, mas o presidente aceitou. Nesse momento, no entanto, achávamos importante ele ficar para se despedir. Não só do Santos, mas das pessoas. Eu tinha que posicioná-lo, como família e estafe. É um garoto, eu falei que acreditava que ele não iria (para a seleção). Temos que respeitar o clube primeiro. O Rodrygo serve desde os 14 anos e sonhamos que ele continue servindo. Não posso falar para fazer isso ou aquilo, é decisão de Santos e CBF”, tentou explicar Eric.

Rodrygo foi convocado para defender a seleção olímpica do Brasil que disputa o Torneio de Toulon, na França. Em comum acordo com o Peixe, o atleta optou por não se apresentar à equipe verde-amarelo. A cúpula alvinegra, então, solicitou a desconvocação do jogador para que ele pudesse atuar sem infringir o Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A CBF, no entanto, não atendeu tal pedido e o jovem segue sem atuar em nenhuma das equipes.


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