Para justificar demissão de Jesualdo Ferreira no Santos, Peres diz que técnico era do grupo de risco
"Não foi só pelos resultados, foi pela idade nesse novo cenário do futebol brasileiro", falou o presidente do clube em entrevista à ESPN Brasil
O presidente do Santos, José Carlos Peres, perdeu o respeito de mais um treinador de futebol. Depois de Jorge Sampaoli, agora é a vez de Jesualdo Ferreira, demitido no início de agosto, não poupar o mandatário alvinegro de críticas pela forma como o mesmo se comportou na hora de avaliar o trabalho e, posteriormente, mandá-lo embora do Peixe.
“O presidente não esteve presente, nem ninguém da diretoria. Senti uma tremenda falta de respeito. No mínimo, ele teria que ter coragem de estar presente, mas essa não é uma característica que parece ser muito dele”, disse o técnico português, em entrevista à ESPN Brasil.
Comandante do Santos em 15 compromissos do ano, Jesualdo foi além. “O Santos tem jogadores, dirigentes e torcedores incríveis, que eu saúdo com muito prazer. Por todos esses órgãos e pessoas, tenho muito respeito. O senhor José Carlos Peres? Por esse eu não tenho, porque ele não teve comigo. São duas coisas muito diferentes”.
Peres, também em entrevista à ESPN Brasil, justificou a decisão de tirar Jesualdo do cargo após a eliminação no Campeonato Paulista para a Ponte Preta.
“Jesualdo não vinha com bons resultados e houve grande pressão. Segurei o máximo que pude. E não foi só pelos resultados, foi pela idade nesse novo cenário do futebol brasileiro. O cenário na contratação foi um e na demissão era outro. Ele é grupo de risco, tinha que pegar avião o tempo todo para os jogos do Campeonato Brasileiro. E levamos em consideração a questão futura, um time mais ousado, mais próximo do futebol para frente”.
