Marinho e outros santistas ignoram protocolo anticovid para tietar Bolsonaro
Jogadores se expõem ao risco de contaminação às vésperas da semifinal da Libertadores
Atualizado em 29/12/20 - 00:12
A presença do presidente Jair Bolsonaro, cantores e ex-jogadores na Vila Belmiro, na tarde desta segunda-feira (28), para a realização da partida beneficente Natal Sem Fome, fez com que alguns atletas do elenco profissional e dirigentes do Santos ignorassem os riscos da pandemia do novo coronavírus. Por meio de fotos e publicações nas redes sociais foi possível flagrar Marinho, João Paulo e Lucas Lourenço, além do mandatário Orlando Rollo, e do coordenador de futebol Marcio Santos sem máscaras.
Marinho, João Paulo e Lucas Lourenço estiveram no vestiário do estádio para conversar com os convidados da partida e tietar o presidente da República. Rollo, por sua vez, ficou à beira do gramado sem fazer o uso da máscara.
No mês passado, o Santos viu o elenco ser afetado por um surto de coronavírus, que obrigou o auxiliar-técnico Marcelo Fernandes – Cuca estava em internado por ser diagnosticado com a covid-19 – a fazer improvisações e promover garotos da base, como Vinicius Balieiro.
Neste mesmo período, João Paulo, também infectado, viu John ter as primeiras oportunidades como titular e tomar conta da posição.
Marinho, referência técnica da equipe, além de não usar máscara no vestiário, aproveitou alguns minutos do evento para conversar com Bolsonaro mantendo a máscara abaixo do nariz.
O protocolo de segurança desenvolvido pela CBF e pela Conmebol limita o número de pessoas dentro dos estádios justamente para evitar a proliferação do vírus entre os atletas. Durante a partida beneficente, além dos cantores e ex-jogadores, Bolsonaro colocou boa parte da sua comitiva e seguranças na Vila Belmiro.
Por meio de nota, o Santos informou que "as pessoas presentes no vestiário, são pessoas convidadas pelo realizador do evento, credenciadas pelo aparato de segurança do Palácio do Planalto e todas as pessoas foram orientadas ao uso de máscara, tinha álcool em gel para higiene das mãos no local. As pessoas também foram orientadas quanto aos protocolos da Covid-19 e os atletas que estiveram no vestiário, estiveram por livre iniciativa".
