Maracanã: a segunda casa do Santos

Alvinegro buscará o tetra da Libertadores no estádio que foi palco de grandes feitos do time

Por: Bruno Lima  -  24/01/21  -  13:40
  Foto: Divulgação/Twitter Estádio do Maracanã

No próximo sábado (30), o Santos vai em busca do tetracampeonato da Libertadores em um palco no qual escreveu alguns dos principais capítulos de sua história e do futebol brasileiro. O duelo com o Palmeiras será no Maracanã, estádio onde a equipe santista conquistou títulos inesquecíveis.


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Entre os mais marcantes, estão a vitória sobre o Benfica, por 3 a 2, no primeiro jogo da final do Mundial de Clubes de 1962, as duas vitórias contra o Milan, por 4 a 2 e 1 a 0, na conquista do bicampeonato mundial de clubes, em 1963, e o triunfo sobre o Vasco, por 2 a 1, em 1969, quando Pelé marcou o milésimo gol. Nessas três ocasiões, especificamente, a torcida carioca abraçou o Santos como se fosse um clube do Rio de Janeiro.


Autor de um dos gols na primeira vitória sobre o Milan, Lima conta que foi marcante a forma como os torcedores cariocas apoiaram o Santos naquela ocasião.


“Fiz um dos gols na vitória por 4 a 2 contra o Milan que forçou o terceiro jogo, pois havíamos perdido na Itália. Porém, o que mais me marcou foi o carinho do povo do Rio de Janeiro. Nós chegamos 13 dias antes da partida e tínhamos a certeza de que eles nos apoiariam como apoiaram. Tinha 150 mil pessoas no estádio. Na verdade, fiquei 11 anos no Santos e todas as vezes que íamos jogar no Maracanã fomos muito bem recebidos. Era como se fôssemos do Rio de Janeiro e não de São Paulo”, conta Lima.


Segundo o ex-jogador, essa simpatia dos torcedores cariocas pelo Santos tem explicação. “Eu acredito que tenha a ver com o estilo de jogo que o Santos tem, um estilo irreverente, parecido com o jeito que os cariocas levam a vida. E a própria semelhança entre as duas cidades, que têm praias”.


Lima aposta que, se o Maracanã pudesse receber torcida, a escolha dos cariocas seria pelo Peixe. “Não tenho dúvida de que a maioria dos torcedores de Flamengo, Fluminense e Vasco torceria pelo Santos.”


“Pedíamos o Maracanã”


Pepe, autor de dois gols no segundo jogo da decisão contra o Milan, conta que os jogadores do Santos se sentiam mais à vontade em jogar no Maracanã do que no Pacaembu.


“Nós, jogadores, pedíamos para a diretoria levar as grandes decisões para o Maracanã. O Santos não tinha uma grande torcida em São Paulo e, se jogássemos no Pacaembu, corintianos, são-paulinos e palmeirenses não iam torcer para nós”, lembra o segundo maior artilheiro da história do Peixe, com 403 gols marcados, atrás apenas de Pelé, com 1.091 pelo clube – 1.282 no total.


Para Pepe, o Maracanã foi palco do seu momento mais marcante como jogador de futebol. “Na Itália, o Milan tinha nos vencido por 4 a 2, e aqui tínhamos o apoio dos cariocas, que realmente torciam pelo Santos. Mas, no segundo jogo da decisão, no Maracanã, o Milan fez 2 a 0 no primeiro tempo. Acabou o primeiro tempo e caiu uma chuva muito forte. Nós escutávamos o barulho da chuva no vestiário. Quando subimos para a segunda etapa, o gramado estava alagado. Nós viramos para 4 a 2 e fiz dois gols de falta. Forçamos a terceira partida, também no Maracanã, que vencemos por 1 a 0 com gol do saudoso Dalmo. Gosto de relembrar desses jogos, porque essa é a história mais marcante da minha carreira”.


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