Jesualdo Ferreira dá atenção à defesa do Santos em pré-temporada

Atividades do início de ano indicam que o treinador prepara um Peixe mais equilibrado em relação ao time do ano passado

Por: Bruno Lima  -  19/01/20  -  10:00
Entre outros pontos, a PL prevê o pagamento parcelado de multa na rescisão contratual
Entre outros pontos, a PL prevê o pagamento parcelado de multa na rescisão contratual   Foto: Ivan Storti/Santos FC

O técnico Jesualdo Ferreira foi o nome escolhido pela diretoria do Santos para substituir Jorge Sampaoli por, dentre outras características, gostar do futebol ofensivo. Porém, assim como disse em sua apresentação, o português já começa a montar um time mais preocupado com o sistema defensivo em comparação com a forma de atuar do treinador argentino.

Nos treinamentos coletivos da pré-temporada – fechados para a imprensa, mas do qual ATribuna.com.br obteve informações com exclusividade –, a equipe tem trabalhado com Felipe Jonatan e Pará nas laterais.

Diferente de Victor Ferraz, que deixou a Vila Belmiro no final de 2019, Pará tem mais capacidade de destruição do que de construção de jogadas.

Já Felipe Jonatan, mesmo atuando como meio-campista sob o comando de Sampaoli, não é tão eficiente no ataque como era Jorge, que voltou ao Monaco, da França, após o fim do empréstimo.

Contratado do Grêmio numa troca com Ferraz, o lateral-direito Madson ainda não foi testado no time titular por Jesualdo e tem feito muitos trabalhos na academia.

No meio-campo, a situação é parecida. Enquanto Sampaoli escalava com regularidade um homem de criação, como Jean Mota no Campeonato Paulista e Evandro no Campeonato Brasileiro, o treinador português tem optado por dar mais proteção à defesa.

Alison tem atuado à frente dos zagueiros, enquanto Diego Pituca e Carlos Sánchez, além de ajudarem na marcação do setor, estão com a missão de conduzir a bola para Soteldo, Eduardo Sasha e Marinho no ataque.


Carlos Sánchez segue como a referência do meio-campo do Santos
Carlos Sánchez segue como a referência do meio-campo do Santos   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Apesar de não serem jogadores exclusivamente de marcação e se lançarem com frequência ao ataque, Pituca e Sánchez também não podem ser considerados meias-ofensivos.

Zaga pouco cuidada

As mudanças não significam que o Santos de 2020 terá uma mentalidade defensiva. Jesualdo entende que a equipe do ano passado tinha pouca preocupação com a zaga e que isso precisa ser corrigido sem que o time perca a vocação ofensiva.

“Vi que o Santos do ano passado se esforçava em campo pela atitude ofensiva clara. Uma equipe com jogadores rápidos e com mais ou menos envergadura. Talento e competência. Meio-campo resistente, adulto, e uma defesa que se cuidava pouco, porque a perspectiva era atacar. Me agrada, gosto, mas também é verdade que não podemos ver apenas um lado. Precisa haver equilíbrio. Então, é melhorar o que não era muito bom e melhorar também as qualidades”, disse o treinador durante a sua apresentação aos jornalistas.

Jesualdo vai começar a descobrir se está no caminho certo a partir da próxima quinta-feira, quando o Santos recebe o Red Bull Bragantino, às 19h15, na Vila Belmiro, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.


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