Gustavo Henrique lamenta demora para renovar e vê chance de sair; Autuori critica diretoria

O zagueiro de 26 anos tem vínculo com o Peixe até o final de janeiro de 2020 e já pode assinar um pré-contrato

Por: Bruno Lima  -  16/10/19  -  15:46
  Foto: Bruno Lima/A Tribuna

Livre para assinar um pré-contrato com qualquer clube, o zagueiro Gustavo Henrique, de maneira muita sincera, deu sinais de que o seu futuro, a partir de fevereiro do ano que vem, será longe da Vila Belmiro. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (16), o defensor de 26 anos admitiu que o seu empresário, Fernando César, está em busca de propostas de clubes europeus. 


Em tom de desabafo, Gustavo Henrique se mostrou chateado por não ter sido valorizado pela atual diretoria do Peixe e revelou que só foi procurado para renovar o vínculo quando faltavam dois meses para ficar livre no mercado. 


"No final do ano passado eu estava querendo renovar e não obtive respostas. Comecei o ano na incerteza sobre ficar. Muitos sabem que eu não estava nos planos do Sampaoli, mas coloquei na cabeça que tinha condição de jogar aqui e com Sampaoli. Trabalhei duro, fizemos um Campeonato Paulista bom, fui um dos melhores zagueiros. Esperava a procura pela renovação do contrato, faltavam sete meses e não fui chamado. Continuei trabalhando, nosso treinador é muito bom, aumentou o nível de todo mundo. Creio que estou fazendo um bom ano, talvez o melhor da minha vida. Esperava o reconhecimento de me chamarem antes, fui chamado faltando dois meses para poder assinar um pré-contrato", disse o zagueiro. 


"Sempre manifestei o meu desejo de jogar um dia na Europa e fui procurado por alguns clubes do Brasil, mas não abri negociação com ninguém. Esperei o Santos tentar melhorar ou algo assim. A partir do momento que fui chamado para receber a proposta de renovação, eu estava com a cabeça de que iria sair, porque não havia sido chamado antes. Meu pensamento era a Europa. Quem não quer? Foi desde pequeno isso. A gente começou a ficar nessa divisória de ir para a Europa ou renovar. Quando recebi a proposta, pedi para meu empresário viajar para a Europa para que algum clube pagasse algum valor, porque a multa é impossível. Mas clube da Europa não vai pagar multa sabendo que ia sair em dois meses. Meu desejo de jogar na Europa é real. Estamos nessa, de esperar um pouco mais, sem ter pressa. Vou escolher o que for melhor para mim e para minha família. Se eu ficar, vou continuar trabalhando. Se sair, vai ser de cabeça tranquila. Sei que sempre dei meu melhor", completou Gustavo Henrique.


"Só se eu não estiver aqui"


A indefinição sobre a renovação de contrato fez surgir rumores de que o defensor seria afastado. Diante dessa situação, o superintendente do Santos, Paulo Autuori, também concedeu entrevista coletiva nesta manhã e garantiu que não existe chances de isso acontecer. Mais: não descartou deixar o Peixe caso isso ocorra. 


"(Afastamento) Só ia acontecer se eu não estivesse aqui. Comigo aqui, ele vai jogar. E a única pessoa que pode dizer que não joga é o técnico. Enquanto eu estiver aqui, ele vai jogar. Tem história no clube, já renovou três vezes e, se não houver continuidade, foi por erro de planejamento do clube, sem fazer a antecipação necessária. Se querem afastar e não jogar, que primeiro me afastem. Interferência de dentro do clube terá que primeiro passar por cima de mim. É eu não estar aqui. E isso claramente pode acontecer. Estou acostumado a defender o grupo com o qual eu trabalho. Quem erra tem que ser punido e isso já aconteceu, mas enquanto as coisas estiverem sob a minha alçada, com compromisso com a verdade, isso não vai faltar", disse o dirigente.


Logo A Tribuna
Newsletter