Filha inspira Cueva a se recuperar
Fora dos planos no Santos, meia fala, em Nova York, sobre como a melhora de Gianna Pamella o motiva a dar a volta por cima
Atualizado em 03/09/19 - 13:22
Sem jogar no Santos desde o final de maio, mas titular da seleção peruana, que fará amistosos este mês nos Estados Unidos, o meia Cueva deu uma entrevista ontem em Nova York para a Movistar TV. O jogador falou sobre como a recuperação de sua filha, que nasceu prematura, o inspira a superar o momento difícil que vive no Alvinegro.
“Estou muito feliz por minha filha, que evoluiu bem. Nada está acima dos meus filhos. Deus me colocou muitas provas no caminho e me demonstrou que não solta a mão. Agora cabe a mim brindar isso aos meus filhos, principalmente para a Gianna Pamella. Posso lutar contra o que estou passando como ela fez”, disse Cueva.
Colocado em disponibilidade pelo técnico Jorge Sampaoli, Cueva frisou a importância do técnico do Peru, Ricardo Gareca, em sua carreira, num momento que ele vive o ostracismo no Santos, sem atuar desde o dia 26 de maio, no empate sem gols com o Internacional na Vila Belmiro.
“Tivemos uma longa conversa, eu e o Gareca. Teve muito a ver com coisas extracampo. Em tão pouco tempo vivi coisas boas. Joguei final da Copa América, mas tive atitudes que poderia ter evitado”, disse Cueva, referindo-se ao episódio em que foi flagrado, aparentemente bêbado, urinando no estacionamento de um aeroporto no Peru.
“Sou ser humano. Tenho direito a errar, né? Todo mundo sabe o que aconteceu (no aeroporto). Crianças estão vendo, tenho filhos. Eu me senti envergonhado, mas tive calma para enfrentar isso e pedir desculpa a todos. Nem eu acreditei (ao ver na televisão). O que posso dizer? É algo que às vezes escapa das mãos. O único responsável sou eu”, afirmou Cueva, que extrapolou após uma festa para comemorar o aniversário do companheiro de seleção, o zagueiro Zambrano.
“Como um pai”
O relacionamento com Gareca, segundo Cueva, é como se fosse de pai para filho. “Gareca é como um pai para mim e tem todo o direito de falar coisas boas e ruins. Ele apostou em mim, mas desde a primeira vez que me convocou sempre cuidou do meu lado pessoal. Sinto que é um pai para mim e vou falar sempre. Isso não significa o que muita gente pensa, que é só por esse laço que ele me convoca. Alguns falam que sim, mas não é”, garantiu.
