Fã-clube do rei: Vilminha conta sobre a paixão

Vilminha explica que a paixão por Pelé começou após presenciar uma cena que lhe chamou a atenção na infância

Por: Bruno Lima  -  23/10/20  -  22:04
Fã-clube do rei: Vilminha conta sobre a paixão
Fã-clube do rei: Vilminha conta sobre a paixão   Foto: Arquivo AT

Ao longo de toda a carreira, Pelé conquistou uma legião de fãs no mundo inteiro. Mas em Santos existe alguém que acompanha atentamente os passos do Rei do Futebol desde 1963. Vilma Mattos de Lima, a Vilminha Santista, de 67 anos, se apaixonou pelo aniversariante do dia quando tinha apenas 10 anos. De lá pra cá, ela, além de contrariar o pai corintiano adotando o Peixe como time do coração, perseguiu o Atleta do Século em alta velocidade por uma rodovia da Baixada Santista e montou uma coleção de bonecos que ela considera filhos do maior jogador de todos os tempos. 


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Vilminha explica que a paixão por Pelé começou após presenciar uma cena que lhe chamou a atenção na infância.


“Apesar de o meu pai ser torcedor do Corinthians, ele me levava na Vila Belmiro para assistir aos jogos do Santos. E quando tinha 10 anos, fomos ver uma partida em que o Pelé levou uma gravata do marcador. Nesse lance, a correntinha que ele usava estourou e caiu no gramado. O Pelé se ajoelhou e começou a procurá-la no chão. Fiquei com muita pena dele por causa daquilo. Na mesma hora perguntei ao meu pai quem era aquele jogador e ele respondeu: 'Aquele ali é o Pelé'. A partir dali não parei mais de acompanhá-lo”, conta ela.


Em 1966, quando tinha apenas 13 anos de idade, Vilminha viu a sua paixão pelo Rei Pelé 'estremecer'. “Ele anunciou o casamento com a Rose (Rosemeri dos Reis Cholbi), com quem teve três filhos: Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. Fiquei arrasada com aquilo. Eu queria casar e ter filhos. Como nunca casei, comecei a comprar bonecos negros e 'batizá-los' todos como Júnior. Hoje tenho mais de 30 bonecos, e são todos filhos do Pelé”, brinca Vilminha.


Perseguição


Anos mais tarde, Vilminha, ávida por fotos e autógrafos do ídolo, esteve em uma festa de aniversário surpresa para o também jogador Manoel Maria fora da Cidade. Durante a comemoração, não teve a oportunidade de conversar com o Rei. Ela, então, não perdeu tempo. Foi para o lado de fora da festa e ficou à espera da saída do maior jogador de todos os tempos. Pelé, no entanto, entrou rapidamente no seu carro, que tinha um motorista à espera, e deixou o local. Vilminha, na condução do próprio veículo, pegou a estrada na cola de Pelé. 


“Eu tinha um carro que chamava de Pelémóvel. O motorista dele viu que eu o estava perseguindo e acelerou. Fiz o mesmo e fomos cortando os outros carros e caminhões. Uma loucura, podia ter sofrido um acidente. Só consegui emparelhar com o carro dele quando, já em Santos, paramos em um semáforo. Comecei a gritar que era muito fã e ele abriu o vidro. Conversamos rapidamente, mas aquilo foi inesquecível pra mim”. 


Faculdade


A idolatria por Pelé influenciou, inclusive, na escolha da faculdade de Vilminha. “Na década de 80, ele morava na Ponta da Praia e eu estava decidida a cursar pedagogia. Só não sabia onde fazer. Foi então que me matriculei na faculdade que tinha na Ponta da Praia, pois era perto da casa dele. Eu sabia a rotina de horário dele e sempre me posicionava por perto para tentar encontrá-lo”, relembra a fã, que deseja muita saúde ao ídolo. 


“Desejo, além de sorte, muita saúde. Se eu pudesse fazer alguma coisa para aliviar os problemas que ele tem no quadril, eu faria. Sonho com o retorno dele aos programas de esportes e grandes eventos”, finaliza Vilminha.


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