Em dificuldade, Santos consegue reduzir dívida com fundo de investimento
Em decisão da 2ª instância, a Justiça de São Paulo determinou que o Peixe indenize o grupo de investimentos Doyen Sports em R$6 milhões; dívida já chegou a ser de R$100 milhões
A novela que tem Santos e o grupo de investimentos Doyen Sports como protagonistas teve um novo capítulo na semana passada. Em decisão de 2ª instância, a Justiça de São Paulo determinou que o clube da Vila Belmiro indenize a empresa em R$ 6 milhões. A dívida do Alvinegro com os investidores que viabilizaram a contratação do atacante Leandro Damião, em dezembro de 2013, já chegou a ser de 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 100 milhões).
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (12), na qual detalhou ações dos seus poucos mais de 100 dias à frente da administração do clube, o presidente Andres Rueda comentou a decisão, mas ressaltou que decisão não é definitiva.
"Por dois meses nós tivemos as contas 100% bloqueadas por conta dos casos Doyen e Fabiano - ex-jogador do Santos, em 2006, que move uma ação contra o clube. Apenas na metade de março nós conseguimos liberar 85% das receitas de televisão e patrocínio. Qualquer outra receita continua bloqueada em 100%. Ou seja, se vendermos qualquer jogador o dinheiro fica bloqueado no caso Doyen. O caso Doyen era uma dívida de 5 milhões de euros (R$ 33 milhões na época) que tinha que ser paga, mas não foi e virou 15 milhões de euros. Então, teoricamente, enquanto não chegarmos aos 15 milhões de euros as contas vão continuar bloqueadas. Obviamente, isso inviabiliza o clube. Entramos juridicamente e iniciamos uma guerra santa, com tudo que podíamos, e tivemos um parecer favorável da Justiça. Na semana passada, na Justiça, em segunda instância, o caso foi julgado e ficou decidido que o Santos deve. Porém, a Justiça entendeu que 15 milhões de euros é fora do normal e estabeleceu 1 milhão de euros de multa, que dá R$ 6 milhões. Isso cabe recursos, mas já muda muito de figura até para a gente negociar com a Doyen, porque antes estava praticamente impossível", disse Rueda.
No acordo firmado em 2017 pelo ex-presidente Modesto Roma, o Santos assumiu uma pendência de 15 milhões de euros com a empresa, que foi parcelada em três vezes. Porém, o clube da Vila Belmiro não pagou a última parcela de 5 milhões de euros, em setembro do ano passado. No contrato havia uma cláusula que previa multa de 10 milhões de euros diante do não pagamento de alguma das parcelas, e isso fez a pendência chegar a outros 15 milhões de euros, que agora foi reduzida na Justiça.
