Dupla de Pedros luta para brilhar no Santos

Os garotos, que têm 12 anos, jogam no campo e nas quadras. Eles foram campeões da Copa TV Tribuna de Futsal Escolar este ano

Por: Régis Querino & Da Redação &  -  17/06/19  -  17:49
  Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Pedro Paulo tem 12 anos. Pedro Padula também. O primeiro é catarinense de Camboriú; o segundo, paulistano. Pedro Paulo, o Pepê, é atacante, assim como o outro Pedro, que gosta de ser chamado de Padula. Quis o destino que os dois se encontrassem nas equipes de futsal e do sub-12 do Santos. Seriam os Pedros candidatos a novos raios do Alvinegro?


"Se Deus quiser", respondem os garotos, sonhando com o caminho trilhado por outros meninos da Vila que saíram da Cidade para brilhar pelos gramados do mundo. O caminho é longo e tortuoso, mas com o apoio das famílias, eles querem ir longe.


Depois de se destacar em um campeonato sul-americano por um time de Santa Catarina, Pepê foi convidado para fazer testes no Flamengo. Aprovado, mudou-se com os familiares para a Cidade Maravilhosa.


A expectativa de jogar em um grande clube foi frustrada pela violência do Rio de Janeiro. Vítimas de assalto, Paulo Cesar Fermino, o pai, viu o sonho do filho virar pesadelo. Sem sossego, eles decidiram mudar de ares. Foi aí que o Santos apareceu na vida deles.


"A Cidade é boa para morar, o clube dá atenção e carinho pra ele, é a formação que ele precisa", diz o pai. "Aqui é mais calmo, já estou ambientado à Cidade", conta, timidamente, Pepê, fã de Ronaldo Fenômeno e Messi.


Padula jogou futsal no Palmeiras e depois foi para o Corinthians, de onde saiu em dezembro de 2017, vindo para o Santos. "Acho que aqui revela mais jogadores. Quando fiz o teste gostei do lugar, dos amigos. Me inspiro no Pelé, pela carreira, por tudo o que ele fez, e no Ronaldo Fenômeno", aponta Padula, que também gosta de Mbappé, Vinicius Jr. e Neymar.


No Santos, Padula já teve a oportunidade de encontrar velhos e atuais ídolos, como Lima, Giovanni e Rodrygo, que está de partida para o Real Madrid. "É só continuar com humildade e foco que ele chega lá", opina ele quando questionado sobre o futuro do atacante santista no time de Zinedine Zidane.


Tabelinha promissora


Se no Flamengo Pepê atuava como meia, no Santos virou centroavante. "Sou driblador", diz ele, econômico nas palavras. É o parceiro ideal de Padula, o típico atacante que joga pelas beiradas. "Gosto de ir pra cima, pela esquerda, pra cortar pro meio e bater. A minha direita é mais potente", define-se o garoto, com desenvoltura.


É assim, tabelando nas quadras, nos campos e no sétimo ano do Colégio Santa Cecília, pelo qual conquistaram a Copa TV Tribuna de Futsal Escolar, no início do mês, que os Pedros, o Pepê e o Padula, pretendem fazer história.


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