Assim como o Hamburgo, da Alemanha, e o Huachipato, do Chile, o Atlético Nacional, da Colômbia, aguarda a sentença da Fifa sobre o processo que abriu contra o Santos pelo não pagamento referente à transferência do zagueiro Felipe Aguilar, contratado no início do ano passado. O Peixe deve duas parcelas aos colombianos e a tendência é de que receba uma terceira punição da entidade que comanda o futebol mundial.
Nesta quarta-feira (16), o Santos, que já estava proibido de registrar novos jogadores desde março pelo não pagamento do zagueiro Cléber Reis aos alemães, recebeu a segunda punição da Fifa pelo calote aplicado aos chilenos na transferência do atacante Soteldo.
A nova decisão impede o time da Vila Belmiro de efetuar contratações pelas três próximas janelas de transferências. Ou seja, para que um reforço desembarque no Alvinegro, a diretoria santista terá que quitar tudo o que deve aos dois clubes. A dívida total está na casa dos R$ 48 milhões.
Contudo, a situação pode ficar ainda mais grave porque os dirigentes do Atlético Nacional buscam ressarcimento pela venda de Aguilar, sacramentada no início de 2019. O caso está na Fifa desde abril.
Segundo os colombianos, o Santos precisa efetuar o pagamento das parcelas de dezembro de 2019 e março de 2020, no valor de US$ 387 mil (pouco mais de R$ 2 milhões na cotação atual) cada. Sem dinheiro para todos esses problemas, o Santos busca viabilizar a venda de jogadores urgentemente e, assim, evitar novos imbróglios.
Recentemente, o Peixe negociou Eduardo Sasha e Everson com o Atlético-MG e viu entrar cerca de R$ 15 milhões nos seus cofres. O dinheiro, contudo, será usado quase que integralmente para resolver outras pendências e despesas salariais futuras do elenco.
Hoje, a folha salarial do Peixe é de aproximadamente R$ 4 milhões por mês. Com os valores recebidos, o clube não pretende ter problemas do tipo por 90 dias.