Cuca lamenta ter de usar a base com o Santos em crise

O técnico Cuca afirma que o trabalho no Santos neste ano dependerá de confiança e paciência, de jogadores, comissão, diretoria e torcedores. Muito se explica pelos recentes resultados – está há seis jogos sem vencer –, a situação financeira e política, além da impossibilidade de contratar reforços. O clube foi punido pela Fifa por não ter pagado ao Hamburgo, da Alemanha, o valor pelo zagueiro Cleber Reis, contratado em 2017 e emprestado à Ponte Preta. 

Esse conjunto de situações leva o treinador a olhar com mais carinho para a base alvinegra, que tem histórico de revelar grandes talentos. Acontece que neste momento, segundo ele, os jovens não têm o tempo de maturação e o contato com atletas experientes, que deixam o processo mais natural. É pressão, é aprender no dia a dia, e com isso ocorrem as oscilações. 

“Temos que equilibrar bem (a equipe), aproveitar ao máximo as peças, mas ressaltando que dos 23 jogadores que tínhamos (contra o Internacional) mais da metade é da base, e a saída para nós hoje é essa. Não tem outra. Somos impossibilitados de contratar, nós temos diversas dificuldades financeiras e vamos administrando os resultados”, disse o treinador. 

Cuca ressalta que o posicionamento não é de crítica à diretoria, pois quando assumiu o time já sabia da situação. Por conta disso, a saída é assumir uma maior parcela da responsabilidade pelos resultados. “Daqui a pouco vem uma vitória e retoma a confiança. Hoje o passo é retomar a confiança deles”. 

“O Santos sempre foi um time revelador. Em algum momento contratou bastante e hoje, de certa forma, você paga o preço, pois algumas dessas contratações saíram e você tem que pagar mesmo com a saída”, diz ele, se referindo a Eduardo Sasha, que tenta rescindir contrato na Justiça. Mesmo assim, o Santos ainda tem de pagar a compra dele ao Inter.