Coronavírus: Marcação cerrada da prevenção em ex-craques e ídolos do Santos

Ex-jogadores do Peixe falam sobre quarentena e o dia a dia transformado pelo coronavírus, um adversário à altura de qualquer ataque

Por: Bruno Lima  -  29/03/20  -  13:20
  Foto: Carlos Nogueira/AT

Ex-craques do Peixe falam sobre quarentena e o dia a dia transformado pelo coronavírus, um adversário à altura de qualquer ataque 

Pelé, Pepe, Edu e Clodoaldo fizeram parte de times do Santos que defesas do mundo inteiro sofreram para parar. A pandemia do novo coronavírus, no entanto, tem marcado forte todos eles, que, por estarem no grupo de risco, evitam tentar driblar a doença.


Confinados em casa, os ex-jogadores do Peixe, cheios de saúde, têm se virado para manter a forma, passar o tempo e conviver com a rotina dos últimos dias.


Com alguns problemas no quadril, o Rei Pelé, de 79 anos, há tempos evita deixar a sua residência, em Guarujá. E nesse período de quarentena não tem sido diferente. O maior jogador de todos os tempos tem ficado em casa com a mulher e feito a sua fisioterapia normalmente.  


Por conta da pandemia do novo coronavírus, Pelé não compareceu ao velório e enterro do irmão Jair Arantes do Nascimento, que morreu na última quarta-feira à noite, em razão de um câncer de próstata. A cerimônia foi realizada na Memorial Nécropole Ecumênica.

Pepe, no auge dos seus 85 anos, segue coma saúde em dia e esbanjando bom humor. De acordo com o segundo maior artilheiro da história do Santos, o duro nesses dias de quarentena tem sido encarar a marcação da mulher, dona Lélia.

“Mudou um pouco da minha rotina. Não tenho saído de casa. Dona Lélia me segura em casa. Antes eu ia até o supermercado, que é perto de casa, e agora nem isso. Ia no barbeiro fazer o cabelo e a barba. Já estou ficando até cabeludo”, brinca Pepe. 

Clodoaldo, 70, tem seguido à risco as recomendações para ficar em casa. Contudo, não tem deixado de se exercitar em casa nesse período de quarentena e feito companhia para a  mulher. 

“Alguns amigos até convidam para sair, mas não aceito. A recomendação é para ficar em casa e não dá para brincar com a doença. Tenho feito alguns exercícios com o meu neto pela manhã. Atividades para fortalecimento. No resto do dia, fico com a mulher conversando, assistindo filmes e jogos do passado nos canais de esportes”, fala o ex-meio campista, que também tem “sofrido” com as brincadeiras dos amigos ao recusar os convites.

“Eles falam que é coisa da mulher para eu não sair de casa(risos), mas levo na brincadeira. Caio na gargalhada. Todos nós temos que rezar para que o Brasil tenha paz e união para enfrentar tudo isso”, acrescenta.


Fica em casa 


Mais caseiro do que os demais, Edu não viu a sua rotina mudar muito por conta da pandemia. Porém, ele tem sentido falta do futebol que jogava com os amigos às segundas-feiras, em um campo de futebol society, na Ponta da Praia.

“Estou seguindo as recomendações. Já tinha o hábito de ficar em casa, então não tem feito muita diferença. Quando saio, vou rapidinho no mercado ou na padaria, que ficam na rua em que moro. Só estou sentindo saudades do futebol que jogo às segundas-feiras e das conversas com o Dorval. Agora só conversamos por telefone quando ele atende as ligações (risos). Mas sem problemas. Diante de tudo o que está rolando, não dá pra brincar. Tem que se cuidar” diz o ex-ponta esquerda do Peixe.


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