Conheça o River Plate-URU, primeiro adversário do Santos na Copa Sul-Americana

Alvinegro inicia nesta terça-feira, a partir das 19h15 (de Brasília), sua participação na competição internacional diante do time uruguaio, em Montevidéu

Por: Bruno Lima & De A Tribuna On-line &  -  11/02/19  -  09:15
Atualizado em 11/02/19 - 09:57
  Foto: Reprodução/Instagram/Da Luz

De olho em uma vaga na Copa Libertadores da América de 2020 e nos 12 milhões de dólares (R$ 44 milhões) oferecidos pela Conmebol ao campeão da Copa Sul-Americana, o Santos inicia nesta terça-feira (12), a partir das 19h15 (de Brasília), a sua participação na competição internacional diante do River Plate, do Uruguai, em Montevidéu. 


Focado na estreia diante do Peixe, o River Plate tem se preparado para o confronto realizando amistosos. O Torneio Apertura do Uruguai, que começaria nesta sexta-feira (15), teve o seu início adiado por conta das dívidas de alguns clubes e a previsão é de que a bola role somente no primeiro fim de semana de março. 


Assim, neste último mês o time comandado pelo técnico Jorge Giordano encarou o Peñarol, o Racing Club, o Cerro Largo, o Progresso, o Rampla Juniors, todos eles do Uruguai, além do Barcelona de Guaiaquil, do Equador. 


O saldo não foi positivo. O River Plate perdeu para Barcelona, Peñarol e Racing, arrancou um empate com Rampla Juniors, e venceu apenas os discretos Cerro Largo e Progresso.


Oitavo colocado na classificação anual do Campeonato Uruguaio (soma do sexto lugar no Torneio Apertura, do terceiro no Intermedio e do 13º no Clausura), o elenco do River Plate é composto por muitos garotos formados nas próprias categorias de base. A média de idade do grupo de atletas é de 24 anos. 


Para esta temporada, a diretoria dos Darseneros (trabalhadores portuários, como o time é chamado) fez quatro contratações: o lateral-esquerdo Luis Olivera, cedido por empréstimo pelo River Plate argentino, o lateral direito Marcos Montiel, comprado do Villa Teresa, da segunda divisão nacional, mas que está machucado, o zagueiro Sebastián Gorga, contratado do Wanderers, e o volante Sebastián Piriz, repatriado do futebol grego. 


Os reforços chegam para equilibrar um time que vem de dolorosos resultados em 2018. Dentre eles, derrotas de 6 a 0 para o Peñarol, 5 a 2 para o Defensor Sporting e 5 a 0 para o Wanderers. 

Mas isso não é tudo. Na temporada passada o River Plate foi a equipe mais vazada do Uruguai: ao todo, o time sofreu 62 gols em 36 partidas. Média de 1,7 gol sofrido por jogo.


Postura


Diante do recente desempenho, o técnico Jorge Giordano não tem grandes aspirações para a primeira fase da Copa Sul-Americana. O repórter Joaco Pisa, da Radio Nacional, de Montevidéu, que acompanha o dia a dia do River Plate, explica qual deve ser a postura da equipe uruguaia no duelo desta terça (12). 


“O River sabe muito bem que o Santos é uma grande equipe da América. Por isso, as suas ambições na competição não são grandes. A equipe tem consciência de que terá que jogar de maneira muito compacta e organizada em Montevidéu para poder ir com um bom resultado ao Brasil”, detalha o jornalista. 


Nos amistosos deste último mês, Giordano tem trabalhado a sua equipe num sitema 4-3-3 com a bola e alternando para um 4-1-4-1 sem ela. O treinador não esconde que gosta de jogar na base da ligação direta, com lançamentos para os rápidos atacantes de lado de campo, Urruti e Da Luz, ou para o veterano centroavante Juan Manuel Olivera, de 37 anos.


Destaques do River


Para não ser surpreendido em solo uruguaio, o técnico Jorge Sampaoli terá que ter atenção com três atletas em especial: o atacante Da Luz, de 23 anos; o meio-campista Facundo Ospitaleche, de 22, e o promissor atacante Facundo Vigo, de apenas 19, que costuma ser colocado em campo no decorrer das partidas. Ospitalaeche e Vigo, aliás, têm passagem pelas seleções de base do Uruguai. 


Para o duelo de volta, no próximo dia 26, Sampaoli também precisará ficar atento com o meio-campista José Néris, de 18 anos. Ele só não foi ao Sul-Americano Sub-20 de seleções, disputado no Chile e que se encerrou ontem, por conta de uma lesão. Suspenso, ele não jogará o primeiro duelo da Sul-Americana.


Caldeirão?


O duelo entre River Plate e Santos será realizado no estadio Luis Franzini, que pertence ao Defensor Sporting, e tem capacidade para 18 mil pessoas. 


O Parque Federico Omar Saroldi, casa do River Plate, não pode ser usada em competições internacionais, porque não tem iluminação para confrontos disputados à noite.

Mas pressão da torcida não deve ser problema para o Santos. Segundo Joaco Pisa, o horário e o preço dos ingressos podem atrair o público. Porém, o jornalista não acredita que o Peixe se verá dentro de um caldeirão. 


“A equipe e os torcedores sabem que será difícil superar o Santos. O atual momento do time também deixa um pessimismo no ar. Mas, como uruguaios, sabemos que nada é impossível. E o fato de o jogo de volta não ter torcida pode ajudar o River (na classificação)”. 


O Peixe terá que atuar com portões fechados na partida de volta, devido à confusão entre os torcedores do Santos e a Polícia Militar, no Pacaembu, após a desclassificação da equipe na Copa Libertadores de 2018 para o Independiente, da Argentina.


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