O futebol é universal e atinge as mais diversas culturas e povos. O amor de Kramuhua Pataxó - indígena que pertence à aldeia baiana Reserva Pataxó da Jaqueira - pelo Santos é prova disso. Mesmo vivendo em outro tipo de povoado, localizado há mais de 1.500 km da Baixada Santista, ele não perde os jogos do Peixe e não tira seu colar personalizado com o escudo alvinegro para nada.
"Comecei a torcer pelo Santos pela história que o clube tem, pelo trabalho fora do gramado e por ter o maior jogador de todos os tempos, Pelé", contou o indígena para A Tribuna On-line. Ele acompanha as partidas do Santos por meio da TV comunitária que tem em sua aldeia, além de seguir o Peixe nas redes sociais.
Apesar de ser fissurado por um clube de futebol, este não é seu esporte preferido. Kramuhua Pataxó revela que a natação e o surfe são as modalidades que mais gosta e pratica. "Não jogo bola com muita frequência, mas sou campeão de natação nos jogos indígenas que fazemos aqui na aldeia", mencionou ele, que trabalha na recepção da Reserva Pataxó da Jaqueira todos os dias e é liderança entre seu povo.
O colar do Santos que está sempre pendurado em seu pescoço foi um presente que ganhou de um amigo que torce para o Fluminense, e ele sonha em poder exibi-lo, um dia, na Vila Belmiro.