Como o Santos atua na China por meio de suas franquias? Técnico explica

Funcionário do Peixe há mais de 20 anos, Alex Souza conta como funcionam as escolinhas do clube no país asiático

Por: Nathalia Perez & De A Tribuna On-line &  -  10/07/19  -  16:08

A fama mundial do Santos de clube que forma e revela talentos no futebol foi mote para uma parceria selada em 2016. Na época, a diretoria alvinegra viajou à China e voltou ao Brasil com a proposta de instaurar escolinhas no país asiático. Em funcionamento há pouco mais de dois anos, as franquias, hoje, atuam em diversas cidades chinesas e fazem a marca 'Meninos da Vila' transcender fronteiras e, praticamente, cruzar o planeta.


Mas como é esta atuação do Peixe na China? Funcionário do clube há mais de 20 anos, Alex Souza, que é técnico das equipes sub-15 e sub-16 do projeto alvinegro dentro de uma escola do governo chinês na cidade de Zhongshan, localizada na província de Cantão (Guangdong), conta como funciona a parceria.


"O Santos está tentando globalizar sua marca entrando nas escolas chinesas. A parceria é também com o governo da China, porque ele passa as verbas para a escola e ela nos paga nosso salário e os outros gastos referentes à franquia", explicou o treinador, que trabalhou nas mais diferentes funções na categorias de base do Santos no Brasil por seis anos, de 2009 a 2015.


Alex durante treinamento na escola em que dá aula
Alex durante treinamento na escola em que dá aula   Foto: Divulgação/Santos FC

Devido à sua experiência no clube, ele foi convidado a participar do, como o próprio descreve, "desafio" na China. "Eu aceitei. Estamos aqui desde março deste ano. Vamos ver o que a gente consegue colher de frutos aqui", relatou ele.


No momento, a escola na qual trabalha está em período de férias. No entanto, em breve, seus jogadores voltarão às atividades porque, em novembro, eles vão competir a Taça do Governador, uma das competições mais importantes de Cantão, e, por isso, haverá uma preparação maior. Além desse campeonato, de caráter provinciano, eles também disputam torneios municipais.


Alex diz ainda que não foi fácil se adaptar ao país logo de cara, sobretudo por conta da língua e da alimentação. Porém, ele não passa dificuldades por lá para entender o mandarim. Afinal, as franquias disponibizam tradutores aos funcionários do Santos, e esses profissionais os acompanham não só dentro de campo, como fora também, os ajudando em atividades burocráticas, como, por exemplo, ir ao banco.


Sustentado por dois sócios, o chinês Fang Ze e o brasileiro Marcelo Felipe Sousa, o projeto do Peixe no futebol chinês é só uma porção da boa relação que o clube mantém com a China. Recentemente, o presidente José Carlos Peres fechou negócio com a cidade de Meizhou. A parceria visa o fomento da aproximação entre o município e a cidade de Santos através do desenvolvimento no esporte.


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