Começa a corrida eleitoral para a presidência do Santos

Com diálogos e análise do cenário, conselheiros se articulam para o pleito que vai escolher o novo mandatário, em dezembro

Por: Bruno Lima  -  05/07/20  -  12:01
Vila Belmiro deve ser modernizada
Vila Belmiro deve ser modernizada   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O período eleitoral visando à presidência do Santos, que terá pleito em dezembro, começa a ganhar forma. Apesar de o prazo para inscrições das chapas ainda não ter sido aberto, grupos políticos do clube se articulam e discutem quem serão os seus representantes na eleição, que vai definir o presidente para o triênio 2021-2023.


Para entender melhor qual é o cenário, ATribuna.com.br bateu um papo com alguns daqueles que no final do ano têm a intenção de participar da corrida eleitoral como candidatos.


Atual mandatário do Santos, José Carlos Peres ainda não deixou claro se tentará a reeleição ou se irá indicar representantes. Nos bastidores do clube, comenta-se que o presidente analisa lançar a candidatura de Pedro Doria e Matheus Rodrigues, dois membros do atual Comitê de Gestão, para a disputa.


Segundo colocado nas eleições de 2018, ao lado de Modesto Roma, Andrés Rueda também não definiu como será o seu envolvimento com o pleito. Inicialmente, ele afirma buscar uma pacificação política dentro da Vila Belmiro com a construção de uma chapa composta por diversas lideranças alvinegras.


“Estou tentando a pacificação política do clube, e isso está avançando. Queremos juntar várias lideranças políticas do Santos que conheçam a situação financeira do clube e buscar uma saída. Nós estamos no precipício financeiro e precisamos nos juntar. Fazer um pacto independentemente de quem venha a ser o candidato. Sem existir trocas por cargos. Se não for assim, vou pensar e conversar com o José Carlos de Oliveira, que seria o meu vice, se devemos ir para a disputa”, disse.


Adiantado


Esmeraldo Tarquínio, que já foi presidente do Conselho Deliberativo, já tem bem clara a ideia de concorrer à presidência alvinegra. De acordo com ele, a campanha está bem adiantada.


“Já temos diversos comitês prontos, como o de finanças, comunicação, futebol e outros. Estamos com 70% do plano de gestão montado. Acredito que até o final do mês já poderemos publicar tudo no site que colocaremos no ar. Já fiz reuniões com escritório de reestruturação de dívidas e quero, até o momento da inscrição da campanha, anunciar o nome de todos os membros do nosso Comitê de Gestão em caso de vitória”, revelou.


Fernando Silva, que já disputou a presidência em outras oportunidades, não confirma a sua candidatura desta vez. Porém, admite que está em vias de sacramentar apoios políticos para disputar a cadeira da presidência do Santos.


“Estamos no processo de confirmar esses apoios. Pela repercussão do nosso nome, é bem possível que seja candidato. Se viermos, não faremos qualquer acordo com outros grupos. Vamos com o nosso grupo consistente e homogêneo. Sem nos envolvermos com aqueles que querem a pacificação política. Pacificação para o Santos, na minha opinião, é uma gestão boa”.


Transformação


Milton Teixeira, que assim como Esmeraldo já tem definido que será candidato, prega uma transformação na gestão do clube. “Minha pré-candidatura representa um grupo de santistas que querem contribuir para resgatar a credibilidade do Santos junto ao mercado e, também, a autoestima do associado”, afirma.


O nome do conselheiro Rodrigo Marino é um que aparece com força dentro da pacificação política sonhada por uma ala do clube, mas também para concorrer com uma chapa própria. Ainda buscando apoios e observando o cenário ele não descarta concorrer mergulhar de cabeça na eleição de dezembro.


“Penso que o Santos precisa de todas lideranças que realmente amam o clube unidas. Principalmente para resgatar a instituição das profundezas financeiras nas quais a atual diretoria a colocou. Além disso, uma renovação política de nomes se faz necessária dentro da Vila Belmiro”, comenta.


Sem “acordão”


Vagner Lombardi, por sua vez, é outro nome que vislumbra a presidência santista. Entretanto, ele faz questão de deixar explícito que sem qualquer participação naquilo que ele define como “acordão”.


“Estamos pensando seriamente em participar das eleições. Ainda estamos fechando alguns pontos, mas não conseguimos nos ver no 'acordão' (pacificação política) que está sendo feito ou nas outras chapas. A solução seria montar uma chapa própria”, aposta.


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