Com o futebol suspenso, jogadores do Santos atacam no videogame
Game Free Fire é um dos queridinhos dos atletas e ajuda a passar o tempo
A paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus afastou os jogadores do Santos do convívio diário. Porém, eles têm aproveitado o período de quarentena em casa para, além de se proteger da doença e manter a forma física, jogar videogame.
Apaixonados pelos jogos eletrônicos, atletas do Peixe não dispensam as partidas virtuais de futebol, inclusive, com confrontos entre eles de maneira on-line. Mas não é apenas isso. O elenco alvinegro também curte os games de batalhas jogados também em computadores e telefones celulares.
Diego Pituca, Sandry e Renyer, que também aproveita a pausa no futebol para se recuperar de uma cirurgia no joelho direito (ele rompeu o ligamento cruzado), são alguns jogadores do Peixe que têm aproveitado o tempo em casa para se distrair jogando Free Fire. Nesse game, o objetivo é sobreviver numa ilha com no máximo 50 integrantes on-line. Para isso, é necessário eliminar, com tiros, todos os adversários que o jogador encontrar pelo caminho e garantir que ele seja o único sobrevivente.
Kaio Jorge e Soteldo gostam mais de matar o tempo jogando Fortnite, que tem o mesmo objetivo do Free Fire. Carlos Sánchez é outro que passa algumas horas se divertindo com jogos eletrônicos de batalhas, principalmente junto com os filhos.
Demanda
O período de quarentena por conta do novo coronavírus tem favorecido a indústria de games no Brasil e outros vários países do mundo.
Com a maior parte da população em casa e escolas fechadas, os jogos virtuais têm se tornado mais atrativos. E o smartphone é a plataforma preferida do público de games eletrônicos.
Nos primeiros países afetados, o isolamento social provocou um impacto no uso de aplicativos móveis. De acordo com um relatório da App Annie, empresa que analisa o mercado mobile, a média semanal de downloads de games em fevereiro foi de 63 milhões, 80% superior à média de todo o ano de 2019.
“Os games serão muito importantes para o confinamento, pois alteram a percepção de tempo. Concentradas nos jogos, as pessoas fazem o tempo passar mais depressa”, diz Ana Erthal, especialista em Sensorialidade e Games da ESPM Rio.
“Além disso, [os jogos] podem nos desconectar da enxurrada de informações que recebemos em outras mídias, conectam pessoas à distância e podem ser uma atividade que promove aprendizagens cognitivas e de sensações”, conclui.
