Com bandeiras e muita emoção, torcedores do Santos homenageiam amigo na Vila Belmiro: 'Zazá eterno'

Amigos decidiram prestar homenagem a torcedor do Santos que morreu no ano passado

Por: Sandro Thadeu & Da Redação &  -  19/04/21  -  10:03
Atualizado em 19/04/21 - 10:12
Bandeira carregada e pendurada na Vila Belmiro
Bandeira carregada e pendurada na Vila Belmiro   Foto: Arquivo Pessoal

Quem está acostumado a acompanhar pela TV as transmissões das partidas do Santos na Vila Belmiro certamente já reparou nas bandeiras e faixas fixadas nas arquibancadas. Uma, em especial, chamou a atenção de A Tribuna há alguns jogos, pois traz a foto de um jovem com os seguintes dizeres: “Zazá eterno – verdadeiro santista”.


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O homenageado é o administrador de empresas Rafael Depieri Corrêa Rodrigues, de 34 anos, que morreu em 26 de abril de 2020, após ter um mal súbito em uma piscina. Santista roxo e conhecido por ser uma pessoa muito otimista e agregadora, Rafael, apelidado de Zazá na adolescência, ainda deixa saudades após quase um ano do falecimento.


Porém, um grupo de amigos decidiu homenageá-lo para manter viva sua memória em um local onde se sentia em casa: a Vila Belmiro, onde acompanhou de perto muitas vitórias e títulos do Alvinegro.
A advogada Fernanda Depieri Corrêa Rodrigues Pimenta destacou que o irmão era alguém muito otimista, sonhador e que gostava de viver intensamente. A paixão dele pelo Peixe foi incentivada, principalmente, pelo avô Carlos.


“O Rafael tinha muita admiração pelo Santos, assim como o nosso pai. A primeira vez que fui ao estádio foi com ele, que era uma pessoa muito querida por todos. Agradecemos demais pela homenagem, porque meu irmão está no coração de todos nós”, afirmou ela, chorando ao telefone.


Talismã


A bandeira de Zazá virou uma espécie de talismã para o Santos, pois o clube não sabe o que é derrota na Vila nas partidas em que ela foi fixada nas arquibancadas, segundo o representante comercial Rodrigo Biscardi Fernandes.


Durante a adolescência, ambos costumavam ir de bicicleta da Ponta da Praia até a Vila Belmiro para acompanhar as partidas do Peixe na área ocupada pela Torcida Jovem.


Com mais idade, a dupla e outros colegas procuravam ver alguns jogos em São Paulo, mas nem sempre a viagem de carro era tranquila, principalmente num período em que não havia GPS para guiar o caminho.


Fernandes recorda que, certa vez, Rafael estava confiante por saber o caminho até o Estádio do Pacaembu e animado para acompanhar o clássico contra o Corinthians. No entanto, ele levou o veículo para uma represa da Capital.


“O Rafael era um parceiro de todos, muito engraçado e atrapalhado. Uma das nossas histórias marcantes foi na semifinal do Campeonato Paulista de 2010. Fomos até o Morumbi no carro dele, que estava com problemas, e demoramos quase duas horas e meia para chegar lá. Eu dizia que de bicicleta, como nos velhos tempos, a gente chegaria mais cedo”, recordou.


O empresário Fábio Lagua Teixeira disse que Rafael era uma pessoa agregadora e querida por todos. “O Zazá conseguia fazer juntar na mesa de bar, em uma quinta-feira à noite, o empresário com o motoboy e o surfista com o lutador de jiu-jítsu. Temos muitas lembranças boas por causa do Santos”.


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