A Copa São Paulo de Futebol Júnior terminou para o Santos no último sábado (11), na eliminação frente à Ponte Preta, nos pênaltis. Para um jogador, no entanto, a competição terminou antes mesmo de a bola rolar. Titular da lateral direita, Cadu, de 17 anos, estava ansioso para a estreia no maior campeonato de base do Brasil, mas uma lesão no joelho esquerdo, sofrida no último jogo de preparação para a Copinha, tirou o jogador do torneio e dos gramados por todo o primeiro semestre de 2020.
Após uma disputa de bola pelo alto, o jovem rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho e teve sutura de menisco ao firmar os pés no chão. Submetido a cirurgia, Cadu já faz fisioterapia no clube.
Em recuperação, o jovem revela que não imaginava a gravidade da lesão quando tudo aconteceu.
“Eu já estava com uma dorzinha no joelho, mas era suportável. Em um determinado momento do jogo contra o Taboão da Serra, no CT Rei Pelé, o goleiro cobrou o tiro de meta e subi de cabeça com o adversário. Na queda, o meu joelho foi para dentro e estalou. Na hora pensei em continuar em campo. Estava com o corpo quente, não senti tanto a dor, mas o médico entendeu que era melhor sair, porque estávamos às vésperas de viajar para Copinha”, conta Cadu para A Tribuna On-line.
Substituído, ele foi levado para fazer exames médicos no mesmo dia. E o resultado não poderia ter sido pior. Na ressonância magnética foi detectado o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho e isso exigiria operação.
“Na hora chorei muito. Seria a minha primeira Copinha. Eu estava bem, era titular e estava animado. Além disso, o que me abalou ainda mais foi quando soube que teria ficar pelo menos seis meses parado. Foi complicado. Mas conversando com meus pais e meus empresários, fui me tranquilizando e me conformando de que só me restava fazer o tratamento”, diz o jogador.
Relacionado para cinco jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado pelo então técnico Jorge Sampaoli (contra Botafogo, Chapecoense, Avaí, Bahia e Flamengo), Cadu começou 2020 cheio de planos. Porém, esse planejamento, segundo ele, terá que mudar um pouco.
“Eu estava na expectativa de que 2020 seria espetacular. Mas aí veio a lesão. Hoje estou bem, caí na real. Sei que tenho que focar na recuperação para deixar o joelho novo e voltar forte”, completa o garoto.
Em evolução
Fisioterapeuta das categorias de base do Santos junto com Thiago Henrique de Lima, Célio Rafael conta que, apesar de o resultado do exame não detectar, no momento da cirurgia foi constatado que a lesão tinha um agravante.
“Na ressonância magnética não apareceu, mas quando os médicos abriram o joelho para fazer a cirurgia, percebeu-se a necessidade de fazer uma sutura do menisco. A cirurgia foi muito bem sucedida e o protocolo agora é de que ele volte aos gramados em até oito meses”, explica Célio.
Para o sucesso da recuperação, Cadu tem feito duas sessões de fisioterapia por dia. “Essa fase inicial é de drenagem e estímulo muscular. Por conta da cirurgia, nós temos que acordar a musculatura. Aos poucos ele vai começar a ganhar força e voltar a ter a amplitude normal de movimentos do joelho”, finaliza o fisioterapeuta.