Atletas do Santos fazem preparação particular

Everson, Cueva e Lucas Venuto recorrem a Sérgio Peres para melhorar condicionamento

Por: Bruno Lima & Da Redação &  -  28/10/19  -  17:22
Sérgio Peres (à dir.), que trabalhou no Santos entre 2003 e 2017,
Sérgio Peres (à dir.), que trabalhou no Santos entre 2003 e 2017,   Foto: Sílvio Luiz/AT

Decididos a reduzir os riscos de lesões musculares, jogadores do futebol brasileiro têm realizado trabalhos à parte de preparação física. A prática, comum no exterior, foi adotada por jogadores do Santos.


Sérgio Peres, preparador físico de futebol e pós-graduado em treinamento desportivo, tem sido requisitado por nomes do elenco alvinegro. Atualmente, Everson, Cueva e Lucas Venuto recebem orientações duas vezes por semana para melhorar o rendimento físico nos treinos e nos jogos.


Mas eles não são os únicos. Carlos Sánchez trabalhou com Peres durante a pausa para a Copa América. Gabriel, hoje no Flamengo, Paulo Henrique Ganso, do Fluminense, Júnior Dutra, no Japão, Alan Patrick, jogador do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e Carlos Vinicius, do Benfica, sempre que estão em Santos recorrem ao profissional.


Tudo é feito com base nas atividades que os jogadores executam com os preparadores físicos dos seus respectivos clubes, para que não haja conflito e, consequentemente, desgastes musculares.


“Não posso conflitar com aquilo que é feito no clube. Meu trabalho é prevenir lesões e estimular valências. Os jogadores me falam o que fazem nos times e, a partir disso, monto meu treinamento para eles. Nos clubes, os preparadores físicos têm de 25 a 30 atletas. Não dá para cuidar deles individualmente, com detalhes. Então, buscamos o algo mais”, explica Peres, que trabalhou no Santos entre 2003 e 2017.


O preparador físico explica que tudo começou a pedido de Ganso. Amigos desde o período em que o meia atuava nas categorias de base do Peixe, Peres foi procurado pelo jogador, nos tempos de São Paulo, para ajudá-lo a prevenir lesões. 


“O Ganso foi o pioneiro. Não foi nada planejado da minha parte. Depois, representantes do Cueva, que estava no São Paulo, me telefonaram querendo fazer o mesmo. Sem querer, meu treinamento acabou se tornando específico para jogadores de futebol. Esse trabalho particular está ficando cada vez mais comum no Brasil”, comenta.


Específico por posição


Os treinamentos são específicos por posição. E Peres usa as atividades elaboradas para o goleiro Everson e Cueva como exemplo. 


“O Everson precisa de muita potência para saltar, e de mobilidade. Eu trabalho para potencializar o que ele faz no clube. Se não for assim, o atleta vai sair daqui e chegar no treinamento desgastado. Isso aumentaria o risco de lesões. No caso do Cueva, trabalhamos o equilíbrio, o fortalecimento da região central, abdominal, lombar, glúteo e os adutores. Tudo, sempre, para evitar lesões”, explica.


Os treinamentos fora dos clubes, normalmente realizados na academia Umoov, na Rua Mato Grosso, em Santos, não têm como objetivo proporcionar evolução técnica aos atletas. Com Peres, Everson, Cueva, Uribe, Venuto e os demais não fazem trabalho com bola. 


“Meus treinos são para membros superiores e mobilidade de quadril. Tecnicamente, eles não terão resultados, pois não temos atividades com bola. Isso, eles vão trabalhar com a comissão técnica”, finaliza o preparador físico


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