Associados do Santos decidem pelo impeachment do presidente José Carlos Peres

Mandatário, que já estava afastado do cargo desde 28 de setembro, deixa oficialmente o cargo. Orlando Rollo assume de forma definitiva

Por: Bruno Lima  -  22/11/20  -  22:35
Atualizado em 22/11/20 - 22:49
Sócios do Santos decidem futuro de Peres na Vila
Sócios do Santos decidem futuro de Peres na Vila   Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Afastado da gestão do Santos desde 28 de setembro, José Carlos Peres está definitivamente impedido de voltar à presidência do clube. Em votação do parecer da Comissão do Inquérito e Sindicância (CIS), que apontava gestão temerária, os associados, em assembleia geral neste domingo (22), decidiram pelo impeachment do dirigente. 


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Desta forma, Peres, segundo o estatuto social do clube, está inelegível pelos próximos dez anos. Além disso, nesse período o ex-mandatário, que passa a ser o primeiro presidente impedido da história do Santos, não poderá sequer compor o Conselho Deliberativo. 


A votação foi realizada no ginásio Athie Jorge Cury das 10 às 18 horas e contou com 1.078 eleitores. Ao todo, 1005 votaram pelo impedimento de Peres, enquanto votaram 69 pela permanência. Houve ainda 2 votos brancos e 2 nulos. 


O processo foi tranquilo. Peres não compareceu ao ginásio e acompanhou o resultado da assembleia de São Paulo. 
O mandato de José Carlos Peres terminaria em 31 de dezembro deste ano. Com o impedimento, o presidente em exercício Orlando Rollo segue na administração do clube até o fim da gestão. 


Votação ocorreu de maneira tranquila neste domingo
Votação ocorreu de maneira tranquila neste domingo   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Crise


A Era Peres termina sem que o Santos tivesse conquistado nenhum título. O ponto alto do mandato foi o vice-campeonato brasileiro de 2019, sob o comando do técnico argentino Jorge Sampaoli. 


Por outro lado, a gestão foi marcada por conflitos com Rollo e com os membros do Conselho Deliberativo, que, em 2018, já haviam aprovado dois pedidos de impeachment contra Peres. Na ocasião, porém, os associados votaram pela permanência do dirigente. 


Visto por muitos como um dirigente centralizador, Peres passou a gestão inteira trocando o comando do departamento de futebol.  Nos dois anos e nove meses de mandato Gustavo Vieira, Ricardo Gomes, Sérgio Dimas, Renato, Paulo Autuori, Willian Thomas e Gabriel Andreatta.


A recente crise financeira, com direito a punições impostas pela Fifa por calotes que o clube deu em outras agremiações, foi o capítulo mais recente da tumultuada gestão de Peres.


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