Considerado um dos grandes nomes da MPB contemporânea, o cantor Zeca Baleiro é mais um torcedor ilustre do Santos. Com um trabalho sólido e uma carreira consolidada, este maranhense de Arari revela, em entrevista, como nasceu a admiração pelo Peixe. Também fala dos ídolos e dos jogos marcantes.
A Tribuna - O que o levou a escolher o Santos como time do coração? Tem alguma recordação de infância especial?
Zeca Baleiro - Sou o caçula de uma família de seis irmãos. Meus dois irmãos mais velhos disputavam a minha torcida desde cedo. Reinaldo era cruzeirense e Abdon, santista. Quando eu tinha 6 anos, o Abdon me presenteou com um time de botão do Santos, daqueles que vinham com as carinhas dos jogadores. Me apaixonei de cara. Esse time ainda tinha o Pelé, e mais Cejas, Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Zé Carlos, Brecha, Nenê, Clodoaldo e Edu. Aí virei santista pra sempre.
AT - Você costuma acompanhar os jogos do Santos no estádio? Costuma vir à Vila Belmiro?
Sempre. Costumo ir com a família, que é toda santista.
AT - Qual o jogo mais marcante que acompanhou na Vila Belmiro?
Foram alguns. Dos recentes, lembro de Santos 1 x 0 Velez Sarsfield, jogo duro, tenso, emocionante, pela Libertadores de 2012. Mas o jogo mais marcante que eu acompanhei foi no Morumbi, Santos 3 x 2 Corinthians, final do Brasileiro de 2002 – o jogo das pedaladas do Robinho.
AT - Quem é o seu maior ídolo como jogador do Santos?
São muitos: Clodoaldo, Edu, Pita, Aílton Lira, Nilton Batata, Juari, Giovanni, Rodolfo Rodriguez, Marinho Peres, Rubens Feijão, João Paulo…
AT - E o título mais especial?
Foi a conquista da Libertadores de 2011 contra o Peñarol no Pacaembu. Sobretudo porque eu estava lá.
AT - O que tem achado do Santos comandado por Jesualdo Ferreira?
Acho que estava indo bem, até a parada pela pandemia. Levo fé que vai fazer um bom trabalho.
AT - Já fez alguma loucura pelo Santos? Se sim, qual?
Tive vontade de ir ver a final do Mundial de 2011, mas não consegui. A loucura que faço é de vez em quando resolver ir a Santos duas horas antes do jogo (risos). É uma alegria juvenil ver jogos na Vila.
AT - Além de torcedor do Santos, você teve uma ligação bacana com o Chorão, criador da banda Charlie Brown Jr., que também era torcedor do Santos. Como era a relação de vocês? Você até cantou no casamento dele…
Sim, fomos amigos, apesar das diferenças (risos). Desde que eu regravei “Proibida pra Mim”, a gente se aproximou. Cantei em DVD dele, ele cantou em disco meu e toquei no casamento dele. Ele dizia que a Grazi, sua noiva/esposa, gostava mais da minha gravação que da do Charlie Brown Júnior (risos).