Santista ajuda o Palmeiras a ganhar o bi mundial sub-17

O Palmeiras é bicampeão mundial. Se o assunto é motivo de polêmica no futebol profissional, já que muito se discute sobre o título de 1951 conquistado pelo Alviverde, na categoria sub-17, não há dúvida. O Verdão voltou da Espanha no mês passado com o caneco do Mundial da categoria. E com um santista no time. 

Aos 17 anos, Kaiky Naves fez parte do elenco que venceu os cinco jogos do torneio. Ao contrário de 2018, quando a equipe foi campeã ao derrotar o Real Madrid por 4 a 2 na final, este ano o rival não era um time de camisa. O título veio na vitória por 2 a 1 sobre o Leganés, da Espanha. 

“Foi uma experiência maravilhosa, agradeço a Deus pela oportunidade e, principalmente, por ter sido campeão”, disse o volante, que jogou na base do Santos dos 9 aos 14 anos. Do Alvinegro, Kaiky foi para a Portuguesa, onde ficou uma temporada e despertou o interesse do Palmeiras. 

Há dois anos na Capital, ele vive no alojamento palestrino, na Barra Funda, onde divide o sonho de se tornar jogador profissional com outros garotos. 

“Tô em busca do sonho, tudo tem o seu preço”, comentou o volante, que é inspiração para os dois irmãos mais novos, que jogam no Grande Lance, em Santos, e também querem ganhar a vida jogando bola. 

Fé no futuro 

Apesar de estar no Palmeiras há dois anos, Kaiky só teve um rápido contato com dois jogadores do time profissional, Antonio Carlos e Edu Dracena. Ainda não deu para encontrar uma das referências na sua posição: Felipe Melo, que ele aponta como um dos seus volantes favoritos, ao lado de Casemiro. 

Quando questionado em qual dos dois estilos ele se encaixa, Kaiky apontou para o meio-campista do Real Madrid. “Sou mais técnico, mas o Felipe Melo é de mais pegada, de combate, jogador de alto rendimento”, elogiou. 

Apesar do sucesso das categorias de base do Palmeiras nos últimos anos, o clube não tem a tradição de aproveitar os garotos revelados no clube. Isso, porém, não abala a confiança de Kaiky. “Faço o meu trabalho, dou o melhor pra minha família e, quem sabe, tenho uma chance com o Felipão”, projetou ele em junho para A Tribuna. 

O desejo se tornou realidade na última quinta-feira, quando o volante, que tem a carreira gerenciada pelo ex-atacante do Santos, Deivid, assinou o seu primeiro contrato profissional, com duração de três anos.