Grêmio e Palmeiras fazem primeiro jogo da final da Copa do Brasil 2020

Disputa do título, opõe nos bancos duas ‘linhagens’ de treinadores: a gaúcha e a portuguesa

Por: Do Estadão Conteúdo  -  28/02/21  -  09:45
Atualizado em 28/02/21 - 10:44
Disputa do título, opõe nos bancos duas ‘linhagens’ de treinadores
Disputa do título, opõe nos bancos duas ‘linhagens’ de treinadores   Foto: Reprodução

A final da Copa do Brasil entre Grêmio e Palmeiras começa às 21 horas deste domingo (28), em Porto Alegre, com o confronto entre duas escolas de treinadores de muito sucesso no futebol brasileiro. Representada pelo gremista Renato Gaúcho, a tradicional formadora de técnicos no Sul do País buscará o quinto título consecutivo no torneio. Porém, o adversário será o time dirigido pelo português Abel Ferreira, nascido em um dos países que mais forma treinadores no mundo: são mais de 12 mil profissionais licenciados.


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Em toda a história da Copa do Brasil, de 1989 até hoje o torneio foi vencido 13 vezes por comandantes nascidos no Rio Grande do Sul. A terra de onde saíram campeões como Luiz Felipe Scolari, Tite, Mano Menezes, Tiago Nunes e o próprio Renato Gaúcho domina até mesmo o posto de técnico da Seleção Brasileira. De 2006 para cá, somente gaúchos têm se alternado no cargo.


O estado que mais revela técnicos no Brasil tem ainda outros nomes em alta no mercado. Lisca e Roger Machado são alguns deles. Além disso, até mesmo no rival do Grêmio na decisão há um representante do Sul. O auxiliar técnico Andrey Lopes, o Cebola, trabalhou junto com Dunga na Seleção e participou ativamente da montagem da equipe alviverde nesta temporada.


“O Grêmio tem disputado finais em todos esses anos. Mas não é possível ganhar o tempo todo. O Grêmio vai disputar com outro grande clube, qualquer um dos times podem ganhar. Temos de respeitar os adversários”, disse Renato Gaúcho.


No cargo desde 2016, ele pode estar de saída para assumir o Atlético-MG, mas antes disso quer conquistar pela oitava vez uma taça nesta passagem.


psicologia e métodos


Por outro lado, a escola portuguesa é uma das mais vitoriosas no mundo quando se trata de treinadores. José Mourinho e Jorge Jesus são alguns dos nomes mais prestigiados de um país que exporta vários profissionais.


“Em Portugal, há uma formação sólida em psicologia e métodos de treinamento. Sentimos uma paixão grande pelo futebol e procuramos desenvolver e esquematizar tudo nas equipes. O técnico tem sempre de pensar nesse esquema: para onde ir, o que fazer e como fazer para ter sucesso”, explicou o presidente da Associação Nacional dos Treinadores de Futebol de Portugal (ANTF), José Pereira.


O bom trabalho dos portugueses é uma das sensações recentes no futebol brasileiro. Jorge Jesus e Abel Ferreira foram os dois últimos campeões da Libertadores. Ambos se adaptaram rapidamente ao País e montaram times capazes de disputar ao mesmo tempo vários títulos.


“Nós, portugueses, temos como grande virtude partilhar conhecimento e estudo. Não é uma questão de nacionalidade, mas de trabalho”, disse Abel. “O Renato tem um trabalho extraordinário no Grêmio e não é por acaso. É fruto de continuidade, de acreditar no que faz, mas saber que o caminho está sendo bem feito”, acrescentou o técnico do Palmeiras.


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