MP do Paraguai pede suspensão de processo contra Ronaldinho Gaúcho

Ex-jogador e o irmão, Assis, estão presos em Assunção há cinco meses, acusados de usarem passaportes falsos para entrar no país

Por: Do Estadão Conteúdo  -  08/08/20  -  00:36
Justiça do Paraguai determina prisão domiciliar para Ronaldinho Gaúcho
Justiça do Paraguai determina prisão domiciliar para Ronaldinho Gaúcho   Foto: Jorge Saenz/Associated Press/Estadão Conteúdo

O Ministério Público (MP) do Paraguai apresentou um pedido solicitando a suspensão do processo contra Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão, Assis. Os dois estão presos em Assunção há cinco meses, acusados de usarem passaportes falsos para entrar no país


A solicitação do MP deve ser analisada pela Justiça paraguaia nos próximos dias. Se for aceita, os brasileiros ficarão livres para retornarem ao País após o pagamento de multa de US$ 200 mil (pouco mais de R$ 1 milhão), sendo US$ 90 mil (R$ 487 mil) referentes a Ronaldinho e mais US$ 110 mil (R$ 542 mil) de Assis


Ronaldinho e o irmão foram presos em 6 de março. Depois de ficarem em um presídio de segurança máxima, os dois foram transferidos em abril para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões).


O anúncio nesta sexta-feira de que o MP pediu a suspensão do processo é uma vitória para Ronaldinho e o irmão após sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. No mês passado, por exemplo, a Quarta Corte de Apelação de Assunção rejeitou recurso de seus advogados, que questionavam a maneira como o processo vinha sendo conduzido.


A pena para o uso de passaportes falsos no Paraguai prevê até cinco anos de prisão. Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Desde o início das investigações, a defesa dos brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.


O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional de Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.


Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.


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