Em manhã de protestos e golaços, Botafogo goleia a Cabofriense no Engenhão

Jogadores do Botafogo prestaram homenagens às vítimas do novo coronavírus e ao movimento 'vidas negras importam'

Por: Do Estadão Conteúdo  -  28/06/20  -  18:49
Os protestos por parte do time alvinegro começaram fora de campo, com Autuori criticando a Ferj
Os protestos por parte do time alvinegro começaram fora de campo, com Autuori criticando a Ferj   Foto: Divulgação/Botafogo F.R.

Após muitos protestos dentro e fora de campo, o Botafogo retornou ao Campeonato Carioca contra a sua vontade e derrotou a Cabofriense com muita facilidade, pelo placar de 6 a 2, na manhã deste domingo (28), no Engenhão, pela quarta rodada da Taça Rio.


Os protestos por parte do time alvinegro começaram fora de campo. Apesar de ter recebido uma liminar para comandar o Botafogo neste domingo, o técnico Paulo Autuori compareceu ao Engenhão, mas não ficou no banco de reservas com o claro intuito de alfinetar a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), a quem fez duras críticas ao longo da semana.


O Botafogo entrou em campo com uma camisa com os dizeres 'vidas negras importam', em referência ao jovem João Pedro e a George Floyd, ambos mortos em ação da polícia, no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente. Antes da bola rolar, foi decretado um minutos de silêncio em homenagem às vítimas do novo coronavírus.


Assim que o árbitro apitou o início do jogo, os jogadores do Botafogo esperaram dois minutos para se ajoelharem com a mão para o alto, em manifestação contra o racismo. Apenas um atleta da Cabofriense teve a mesma atitude.


O jogo recomeçou e o Botafogo abriu o placar no minuto seguinte. Luis Henrique avançou em velocidade pela esquerda, deixou o adversário para trás, invadiu a área e chutou cruzado. Pedro Raul chegou de carrinho para empurrar para o fundo das redes.


Apesar do ritmo intenso imposto pelo time da casa nos minutos iniciais, a partida caiu de produção com o decorrer do tempo. Sem o ritmo de jogo ideal, muitos atletas pediram atendimento médico. O Botafogo, no entanto, seguiu melhor e ampliou aos 38 minutos. Cícero arriscou de longe e contou com um desvio do zagueiro para fazer 2 a 0.


A Cabofriense foi colocar fogo na partida apenas no segundo tempo. Logo aos quatro minutos, Watson recebeu pelo lado direito e cruzou na medida para Emerson Carioca, que subiu sozinho para diminuir. A resposta, no entanto, foi imediata. Pedro Raul recebeu de Bruno Nazário e chutou sem chances para George.


O time visitante não desistiu e fez o segundo aos 15 minutos. Diego Sales invadiu a área e acabou sendo puxado por Luiz Fernando dentro da área. O próprio atleta foi para a batida e fez 3 a 2. Mas a superioridade seguiu sendo do Botafogo. Aos 29 minutos, Caio Alexandre deu lindo lançamento para Bruno Nazário, que teve dificuldade em fazer o domínio, mas chutou bonito para superar George.


Com a Cabofriense batida, o Botafogo ainda fez o quinto aos 34 minutos. Luis Henrique recebeu na esquerda, fez fila na defesa adversária e chutou forte na entrada da área para marcar. O sexto veio aos 44, em uma linda jogada de Caio Alexandre, que selou sua grande atuação na partida com um golaço.


Na próxima rodada, o Botafogo, terceiro colocado do Grupo A, com sete pontos, enfrenta a Portuguesa na quarta-feira, no Luso Brasileiro. No mesmo dia, a Cabofriense, lanterna, ainda sem pontuar, pega o Bangu, em Moça Bonita.

Ficha técnica:

Botafogo 6x2 Cabofriense

Botafogo - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Cícero (Luiz Otávio) e Danilo Barcelos; Alex Santana (Caio Alexandre), Honda e Bruno Nazário (Lecaros); Luiz Fernando (Fernando), Luis Henrique e Pedro Raul. Técnico: Renê Weber (auxiliar)

Cabofriense - George; Watson, Lucas Cunha, Fábio Amaral e Luan (Uelliton); Victor Feitosa, Gama (João Pereira) e Kaká Mendes; Diego Sales (Fabiano), Emerson Carioca e Pedrinho Menezes (Natan). Técnico: Luciano Quadros

Gols - Pedro Raul, aos três, e Cícero, aos oito minutos do primeiro tempo. Emerson Carioca, aos quatro, Pedro Raul, aos oito, Diego Sales, aos 15, Bruno Nazário, aos 29, Luis Henrique, aos 34, e Caio Alexandre, aos 44 minutos do segundo tempo

Árbitro - Luiz Claudio Regazone

Cartões amarelos - Cícero (Botafogo)


Local - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).


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