Campeão mundial, Italo Ferreira diz se inspirar em rivais

Com um desempenho incontestável, o potiguar Italo Ferreira conquistou na quinta-feira o título mundial de surfe em Pipeline, no Havaí. Aos 25 anos, ele chegou à última etapa como líder e assim se manteve depois de uma decisão mano a mano com Gabriel Medina. E foi justamente o vice-campeão – que já conta com dois títulos mundiais no currículo – e Filipe Toledo, outro brasileiro destaque no cenário internacional, que o vencedor de 2019 tomou como referência para explicar o sucesso.

“O Gabriel e o Filipe são, de certa maneira, responsáveis pelo o que eu sou hoje. Eu dedico todos os meus dias, os meus treinos, para ganhar desses caras, claro que os outros também que estão no circuito. Eu venho me dedicando muito por um objetivo e acabei cumprindo, graças a Deus”, declarou o surfista.

Italo também recordou a preparação para a etapa final. “Eu vim para Pipe há um mês para treinar e testar as pranchas, e este troféu significa muito para mim. Foram grandes baterias hoje (quinta-feira) aqui, com o Gabriel(Medina), o Kelly (Slater), o Yago (Dora), o Peterson (Crisanto)”, comentou. “Antes de começar o evento, fiquei olhando pro troféu, pensando se eu conseguiria ganhar e ele agora está aqui nas minhas mãos. Foi um ano realmente diferente”.

Finais brasileiras

O resultado consagra o Brasil como uma das potências do esporte. Esta é a segunda final brasileira no templo sagrado do esporte. A primeira foi em 2015, quando Gabriel Medina, campeão mundial de 2014, tinha garantido o segundo título brasileiro seguido para o guarujaense Adriano de Souza, ao derrotar Mick Fanning na primeira semifinal. Medina se tornava então, o primeiro brasileiro campeão da Tríplice Coroa Havaiana, mas Mineirinho foi o primeiro a vencer o Pipe Masters.

Agora, o Brasil soma quatro títulos mundiais, com perspectivas de novos triunfos no futuro.