Ana Marcela Cunha celebra ano vitorioso e evita ansiedade por Tóquio-2020: "Passo a passo"

Eleita pela Federação Internacional de Esportes Aquáticos como a melhor nadadora de maratona aquática do mundo, Ana Marcela Cunha teve mais um grande ano na carreira. Em conversa com A Tribuna On-Line, a atleta da Unisanta fez um balanço de 2018 e já projetou 2019 com otimismo.

"Foi uma temporada muito boa. De oito etapas da Copa do Mundo, participei de sete e em cinco estive no pódio. Então, foi um ano bastante equilibrado. Tivemos também o Sul-Americano, com três ouros, e o Pan-Pacífico, que foi uma das competições mais importantes, onde conquistei a primeira medalha do Brasil em maratona na competição. No geral, foi um ano bem gostoso de resultados. Espero que 2019 eu fique entre as melhores do mundo", disse.

No último dia 18, Ana Marcela venceu o Prêmio Brasil Olímpico pela segunda vez em sua carreira. Concorrendo com Ana Sátila, da canoagem slalom, e Marta, do futebol, a nadadora levou a melhor e exaltou a importância de seus resultados para a escolha.

"Ficar no meio da Marta e da Ana na final foi impressionante para mim. Só de estar ali já fiquei muito feliz. O mais legal é ver que o pessoal realmente escolheu pelo resultado no ano, não pelo nome. Isso mostra que estamos fazendo um trabalho certo e que o resultado é o que mais importa", comentou.

Em 2019, a baiana, de 26 anos, terá um calendário apertado. No entanto, ela e sua equipe já têm em mente quais são as competições mais importantes a serem disputadas no ano.

"Temos a primeira etapa da Copa do Mundo, em Doha, no Catar, no dia 16 de fevereiro. Será logo após um treinamento de altitude, na Espanha. Vai ser uma experiência nova competir logo depois de um treino de altitude. Nunca fizemos isso. Vamos rodar 290 km em três semanas no início do ano. Estamos bastante focados nisso. Mas o foco maior é no dia 14 de julho, quando acontece a seletiva para as Olimpíadas", contou.

Sonho olímpico

Apesar da ansiedade para a seletiva, Ana Marcela não quer dar um passo maior que a perna nesta reta final de ciclo olímpico. Para chegar aos jogos de Tóquio-2020, a nadadora sabe que terá que passar por diversas etapas antes de pensar em conquistar sua primeira medalha olímpica.

"Gosto de pensar passo a passo. Nosso objetivo inicial é treinar bem na altitude e competir bem em Doha. Depois, vamos pensar no Mundial para, aí sim, começar a pensar em Tóquio. Tem bastante coisa para acontecer ainda e estamos com o pé no chão, pensando em um objetivo por vez", completou.