Líder do ranking nacional de beach tennis, santista começou no esporte por lazer

Quando começou a praticar beach tennis, o santista Marcus Vinicius Cardozo Ferreira não imaginava que, nove anos depois, seria integrante da dupla brasileira que mais títulos conquistou na modalidade, no Brasil e no exterior.

Campeão mundial por equipe em agosto passado, em Moscou, na Rússia, Marcus Vinicius retornou este mês de Aruba com o tetracampeonato pan-americano de duplas, ao lado do parceiro e também santista Thales de Oliveira Santos.

“Quando comecei a jogar era por total diversão de final de semana. Mas quando a coisa começou a ficar séria, tive que abandonar as aulas de tênis que eu dava no Tênis Clube de Santos para me dedicar ao beach tennis”, diz Marcus Vinicius, de 32 anos.

A dupla embalou na modalidade quando disputou uma etapa do Circuito Mundial em Florianópolis-SC, em 2011. “Perdemos para os italianos, campeões do mundo, e isso nos incentivou”, conta Vinicius. De lá para cá, eles colecionaram títulos. Além do tetra pan-americano e do Mundial, a dupla conquistou o Sul-Americano de 2013, na Venezuela.

Número 1 do Brasil, a dupla é a 13ª do ranking mundial da modalidade. Para fechar o ano, eles vão disputar uma etapa do Circuito Mundial nos dias 14 e 15 de dezembro, em Garopaba-SC. Mas, excepcionalmente, jogarão com outros parceiros.

“O Thales vai jogar uma etapa do circuito na África do Sul e eu não poderei ir. Por isso, em Garopaba ele jogará com o Vinicius Pont, para que os dois se entrosem visando a etapa do Mundial. Eu vou jogar com o Airton Rodrigues, de João Pessoa”, explica.

A decisão de não viajar até a África do Sul tem um bom motivo. Que atende pelo nome de Lara, de oito meses, a primeira filha de Vinicius. “Mudou muita coisa, mas por incrível que pareça os resultados foram fantásticos pra mim este ano. Com a vinda dela, passei a treinar menos, mas acabei me superando mais. Acho que o filho tem essa capacidade, comecei a aproveitar melhor os treinos”, observa.

Esporte democrático

Formado em Educação Física, Marcus Vinicius vive há anos do beach tennis. Além de competir, ministra aulas no Clube dos Ingleses, em Santos, e em clubes de São Bernardo do Campo e de São Paulo. “O beach tennis é democrático, porque é fácil pra pessoas que nunca praticaram esporte algum. Tenho alunas na faixa de 40 anos que se encontraram no beach tennis. Tem gente que saiu da depressão ou que estava sedentário e com problemas de saúde e começou a jogar. É um esporte de inclusão, praticado por crianças de 8 anos até pessoas de 80”.