Elcio de Figueiredo ganha o reconhecimento de Santos
Responsável pela difusão do jiu-jitsu, professor recebe título de Cidadão Santista
Ele é carioca, mas adotou Santos como a sua segunda terra. Aqui foi o responsável por popularizar o jiu-jitsu e, pelos serviços prestados à modalidade, o professor Elcio de Figueiredo Silva, de 74 anos, recebeu no último dia 14 de fevereiro o título de cidadão santista da Câmara de Vereadores.
Praticante de jiu-jitsu desde os 24 anos, quando ainda morava no Rio de Janeiro e treinava com membros da família Gracie, Elcio mudou-se para Guarujá em 1993. Lá foi preparador físico do time feminino de vôlei do BCN e retomou as aulas da arte marcial.
Em 1995, época em que a modalidade era pouco difundida na região, o faixa preta começou a dar aulas no Estrela de Ouro, em Santos, onde está até hoje com a Academia Integração Jiu-Jitsu.
“Todos os professores de jiu-jitsu de Santos saíram daqui (da academia), direta ou indiretamente. Temos 21 professores formados trabalhando fora do Brasil”, contabiliza Figueiredo.
Apesar de ter iniciado nas artes marciais no judô, Elcio Figueiredo não tem dúvida em apontar o jiu-jitsu como a sua favorita. “Dos esportes de luta que conheço, é o mais difícil. É uma luta atípica, a única que começa no chão, mais rica em movimentos”.
Para o professor que formou gerações de lutadores, a fama que o jiu-jitsu carregou por tempos, de ser um esporte de brigões, ficou no passado.
“Melhorou muito, a modalidade está mais sociabilizada, não se vê mais brigas em campeonatos. O jiu-jitsu apareceu no vale-tudo, ficou estigmatizado. Mas as federações foram criando regras de conduta e punindo os brigões. Lutador treina, luta e compete”, destaca.
Cidadão Santista
Proposto pelo vereador Sadao Nakai (PSDB), o título de cidadão santista é uma honraria que Elcio Figueiredo imaginava não merecer. Mas analisando a trajetória de 25 anos de dedicação ao esporte na Cidade, ele se mostrou realizado com o reconhecimento.
“Fiquei surpreso com essa indicação. Discordei um pouco de ser merecedor dessa homenagem, mas a quantidade de pessoas que estão morando fora e que aprenderam o jiu-jitsu em nossa academia mostra que o trabalho foi de alta serventia para a região”, completa.
