Quase dois anos após o fim doJogos Pan-Americanos de Lima 2019, o nadadorVictorColonese, atleta daUnisanta, receber a medalha de bronze da competição a unir as Américas.O nadadorherdou a medalha de bronze nos 10km das maratonas aquáticasapós a desclassificação do argentino GuillermoBertolão, então segundo colocado, que cometeu uma infração nas normas de controle antidopagem da Federação Internacional de Natação (FINA).
O nadador de 28 anos, que havia terminado em quarto lugar na competição, com o tempo de 1:54.03.6, ganhou uma posição na classificação final a punição ao atleta argentino.A cerimônia acontece nesta sexta-feira, 29, ao meio-dia, no consistório da Universidade Santa Cecília (Unisanta). O evento será transmitido ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil (https://www.canalolimpicodobrasil.com.br/).
“Essa medalha tem um gostinho especial principalmente pela importância dos Jogos Pan-Americanos, uma das maiores competições que a gente tem a nível internacional, e consegui essa conquista logo na minha primeira participação, igualando o melhor resultado do Brasil nessa prova no masculino”, disse o nadador, que representa aUnisantahá 11 anos, relembrando a conquista de Allan do Carmo no Rio 2007.
“É uma situação diferente. Vou subir ao pódio sozinho, mas estou feliz porque é praticamente uma homenagem para mim. Não tenho ideia de como será, mas é uma honra que a cerimônia aconteça no clube onde tenho uma bela história”, contouColonese, que se formou engenheiro de produção pelaUnisantaem 2020.
A decisão da realocação da medalha foi confirmada no dia 1° de julho de 2020, após o Comitê Olímpico do Brasil (COB) receber um comunicado oficial da Panam Sports, entidade máxima do esporte no continente, anunciando que a suspensão deBertolapela FINA implicava a anulação de seus resultados nas temporadas 2018 e 2019.
Essa é a segunda medalha em competição oficial que o Brasil herda durante a pandemia. A primeira foi da prata olímpica de Cláudio Roberto em dezembro do ano passado.
“A entrega dessa medalha para oColoneserepresenta o reconhecimento do trabalho duro, da dedicação e da persistência. O COB fica muito satisfeito com o reconhecimento desse atleta que agora coloca seu nome entre os medalhistas de uma competição tão relevante para o Brasil como os Jogos Pan-Americanos”, disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.
Com mais essa conquista, o Brasil passa a ter 169 medalhas na classificação final de Lima 2019: 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes. Foram três pódios nas maratonas aquáticas: além do bronze deColonese, Ana Marcela Cunha foi campeã da prova feminina e VivianeJungblut, terceira colocada.
“Essa medalha, que chega num momento de dificuldade e de incertezas para os atletas, vem mostrar que todo trabalho duro tem uma recompensa. Não podemos desistir nunca. É a coroação do trabalho que venho fazendo durante os últimos anos e me motiva a continuar treinando, evoluindo, e a marcar meu nome na história”, concluiuColonese.
Conquistas
Além do bronze no Pan-Americano de Lima, no Peru (2019), Colonese sagrou-se campeão Brasileiro de Maratonas Aquáticas (5km e 10km), em 2018 e 2015. Ganhou três medalhas no Sul-Americano do Peru, sendo ouro por equipes e duas pratas (5 e 10km), em 2018. Disputou quatro campeonatos mundiais de Desportos Aquáticos da FINA (2011, 2015, 2017 e 2019) e participou de três mundiais universitários (2011, 2013 e 2017). Como 3º sargento do Exército Brasileiro, obteve a 5ª colocação nos Jogos Mundiais Militares (10km), em Wuhan, China, em 2019.