Charles Do Bronx, a chance real da Baixada Santista ganhar o seu primeiro cinturão do UFC

Desde 2010 no UFC, onde soma 18 vitórias, oito derrotas e uma luta sem resultado, guarujaense viu sua carreira se transformar depois que migrou do peso-pena (65,8 kg) para o leve

Por: Lucas Krempel  -  26/12/20  -  10:45
O brasileiro já desafiou McGregor e Poirier
O brasileiro já desafiou McGregor e Poirier   Foto: Reprodução/Instagram

Há três anos invicto no UFC, a maior organização de MMA (artes marciais mistas, na tradução) do mundo, o guarujaense Charles Oliveira encerrou 2020 com um pé na disputa do cinturão do peso-leve (70,3 kg). A vitória dominante contra o ex-campeão interino da categoria, Tony Ferguson, no último dia 12, não deixou dúvidas para os críticos.


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Desde 2010 no UFC, onde soma 18 vitórias, oito derrotas e uma luta sem resultado, Charles Do Bronx viu sua carreira se transformar depois que migrou do peso-pena (65,8 kg) para o leve. Na categoria abaixo, sofreu bastante para bater o peso, o que o deixava debilitado diante de lutadores menores, mas melhores preparados. Foi presa fácil para Cub Swanson, Frankie Edgar, Max Holloway, Anthony Pettis e Ricardo Lamas.


Vale lembrar que o início da trajetória do guarujaense foi no peso-leve, onde acumulou duas vitórias, duas derrotas e uma luta sem resultado antes de migrar para os penas.


Sua última luta na categoria na qual José Aldo reinou por anos foi diante de Ricardo Lamas. Sem bater o peso, ele foi finalizado com uma guilhotina, em 2016.


Pressionado pelos maus resultados e a dificuldade em bater o peso, migrou de vez para o peso-leve. De 2017 para cá, foram nove vitórias e apenas uma derrota.


No entanto, uma categoria repleta de campeões virou um desafio ainda maior para Charles. Só para se ter uma noção, nos últimos quatro anos, Conor McGregor, Tony Ferguson, Khabib Nurmagomedov, Dustin Poirier e Justin Gaethje ostentaram o cinturão.


Dos cinco campeões da categoria, Charles enfrentou apenas Ferguson. McGregor e Poirier se enfrentam no dia 23 de janeiro, pelo UFC 257, em Abu-Dhabi. Nurmagomedov anunciou a aposentadoria após bater a incrível marca de 29 vitórias e nenhuma derrota.


Neste jogo de xadrez, sobrou Gaethje, que poderia enfrentar o ex-campeão Rafael dos Anjos, que retornou para a categoria com vitória, no mês passado.


Michael Chandler, ex-campeão do Bellator, concorrente do UFC, foi contratado, mas está com luta praticamente fechada com Dan Hooker, atual sexto colocado do ranking e vindo de derrota. Dificilmente um deles ganhará chance de título com uma vitória.


Peças jogadas na mesa, vamos lá: se Nurmagomedov não voltar à ativa, Charles deve enfrentar o vencedor de McGregor e Poirier. O brasileiro, atualmente na terceira colocação do ranking da categoria, inclusive, já desafiou os dois. Disse que estará na primeira fila acompanhando o duelo de perto. Um pouco de trash talk é importante para os negócios.


Agora, em um cenário hipotético, se o russo largar a aposentadoria, faz todo sentido o lutador de Guarujá disputar o cinturão com ele. Dos atuais postulantes, Do Bronx é o único que nunca enfrentou Nurmagomedov. Seria um combate de alto nível no grappling (luta agarrada).


Se o russo praticamente varreu a categoria, Do Bronx certamente é um desafio e tanto. O guarujaense é o maior finalizador da história da organização, com 14 no total.


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