Bicampeão paulista com o Santos, Renatinho quer voltar para casa

Aos 32 anos, ex-atacante do Peixe sonha em retornar ao futebol brasileiro após atuar durante 12 anos em clubes de cinco países

Por: Régis Querino  -  28/12/19  -  16:55
  Foto: Matheus Tagé/AT

Doze anos depois de defender clubes de Portugal, China, Albânia, Tailândia e Japão, ele acredita que é o momento de voltar ao Brasil. Aos 32 anos, o atacante vicentino Renatinho, revelado no Santos, quer ficar perto da família.


Passando férias em Guarujá, cidade natal da esposa, Amanda, Renatinho vive a expectativa da chegada de Bella, no final de janeiro próximo. Será o segundo filho do casal, que já tem Renan, de 1 ano e três meses.


"A prioridade é voltar pro Brasil. Meu sonho é jogar aqui a parte final da minha carreira. Se não pintar nada, volto pro Japão, porque tem outros times interessados", diz o atacante, que tem contrato com o Vonds Ichihara até o final do ano.


Com boas lembranças do Santos, onde foi bi campeão paulista em 2006 e 2007, Renatinho não esconde o desejo de voltar a vestir a camisa do Alvinegro.


"Saí do Santos muito cedo, com 21 anos, mas tenho o reconhecimento da torcida pelos campeonatos, os jogos na Libertadores", diz ele, lembrando os dois gols marcados na vitória por 3 a 1 sobre o Grêmio, na semifinal da competição de 2007.


A vitória na Vila Belmiro, no entanto, não impediu a eliminação santista, que perdera o jogo de ida por 2 a 0. Mas o destino seria outro, se Renatinho não tivesse sido sacado do time.


"Luxemburgo colocou na cabeça que tinha que me tirar. Se não eu ia fazer (mais um gol), tava dando tudo certo, no segundo gol a bola bateu em mim, mas ele achou que eu tava cansado (risos)".


Vida longe do Brasil


Nas andanças pelo mundo, o atacante que deu os primeiros dribles nos campinhos do Parque Bitaru, em São Vicente, tem um lugar favorito: o Japão, país em que viveu seis anos jogando no Kawasaki Frontale e Vonds Ichihara.


"Gosto muito de lá, penso até, com os meus filhos maiores, voltar a jogar e morar no Japão. Tenho amizades e já me acostumei com a cultura. Falo bem japonês, consigo conversar. A distância (do Brasil) é o único problema".


Na China, Renatinho foi artilheiro no Hangzhou Greentown. Em Portugal, defendeu Portimonense e Varzim, mas foi no Skënderbeu, da Albânia, a passagem mais complicada.


"Foram sete meses, não me adaptei, pedi pra sair, lá a vida é muito difícil", lembra, referindo-se à cultura muçulmana.


Mirando em exemplos de longevidade, Renatinho projeta vida longa nos gramados. "Acompanhei o Ricardo Oliveira quando estava na base (do Santos) e o Zé Roberto. Exemplos de pessoas e profissionais. Vou me cuidar para que meus filhos possam me ver jogando o quanto mais puderem".


Jogo beneficente


Neste sábado (28), às 11h (de Brasília), no estádio Mansueto Pierotti, em São Vicente, Renatinho promove um jogo beneficente com amigos. Entre eles, Baiano, Domingos, Deivid e, talvez, Robinho. A entrada é um quilo de alimento não-perecível.


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