Amor ao basquete constrói e fortalece laços de família em Santos

Há 38 anos, entre os treinos, a troca de olhares: o casal, hoje, tem 2 filhos na bola ao cesto

Por: Régis Querino & Da Redação &  -  22/07/19  -  18:45
Renan, o filho mais velho e a mãe, Elizabeth: amor pelo basquete está no DNA da família
Renan, o filho mais velho e a mãe, Elizabeth: amor pelo basquete está no DNA da família   Foto: Carlos Nogueira/AT

Há 38 anos, o basquete os uniu. No Saldanha da Gama, Augusto Santos da Silva e Elizabeth Cristine Brenguere trocaram olhares quando o time feminino deixava a quadra para os meninos treinarem. Daquele lance livre, seis anos depois, veio o casamento. E anos mais tarde, os filhos, que herdaram o amor ao esporte da bola ao cesto. 


“Jogo desde os 15 anos e só parei dez anos, dos 29 aos 39, para criar os filhos. Quando eu voltei em 2000, ao master, o meu pequeno andava de fralda na quadra”, conta Elizabeth. 


Hoje, aos 55 anos, ela defende o Santa Maria, de São Caetano do Sul, e vai disputar o terceiro Mundial pela seleção brasileira da categoria, a partir do dia 25 deste mês na Finlândia.


Augusto dedicava-se ao basquete quando um acidente de moto, em 1997, o obrigou a amputar a perna esquerda, abaixo da canela. Isso, no entanto, não o afastou do esporte. Engajou-se no basquete sobre rodas e treinava os jogadores atuando com eles em quadra. 


Destacou-se na modalidade como técnico da equipe de Cubatão e chegou à seleção brasileira. Em 2004, Augusto trocou de esporte, mas continuou nas quadras, jogando vôlei sentado, sendo campeão parapan-americano em 2007. 


Hoje, ele defende a equipe de Barueri e é assistente técnico da seleção brasileira de vôlei adaptado, que vai ao Parapan-Americano no Peru, em agosto. 


Cesta de dois 


Do casamento vieram os filhos Renan, 27, e Vitor Augusto, 21. Na faculdade, o mais novo joga basquete e vôlei, enquanto o mais velho divide o tempo entre a profissão de professor de educação física e personal trainer com o basquete. 


“Eu jogava futsal, mas pro causa das minhas notas baixas, eles (os pais) me tiraram das aulas. Quando as minhas notas melhoraram, eles me apresentaram o basquete e acabei tomando gosto”, revela Renan. 


No Saldanha, aos 10 anos, ele começou a arriscar os primeiros arremessos. Disputou campeonatos, evoluiu, foi atleta revelação na base e em 2007 foi vice-campeão paulista pelo Esperia, de São Paulo. 


Em 2009, Renan voltou para a Cidade e há quatro anos integra a equipe Santos/Memorial. Paralelo à carreira do basquete tradicional, ele passou a jogar o 3 x 3 há dois anos. 


“Prefiro o 3 x 3, que é diferente, dinâmico, você tem que tomar decisões rápidas”, diz o jogador do Santos/Memorial/Fupes. 
Apesar de o time não ocupar uma boa colocação na Liga, Renan aposta suas fichas na disputa do circuito 3 x 3 da Confederação Brasileira de Basquete. “Ficamos entre os seis na etapa do Rio de Janeiro e no dia 11 de agosto vamos jogar a fase final, que também será no Rio. O campeão vai para o World Tour em Los Angeles”, conta. 


O sonho de participar de um campeonato 3 x 3 no país que é referência mundial no basquete, porém, já se tornou realidade. Na semana passada, em Detroit, Renan defendeu o São Paulo City em um torneio na cidade norte-americana. 




 


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